Não posso deixar de refletir sobre a magia da vida, agora que cruzei outro aniversário.

Há um ano e meio atrás, estive às portas da morte, sete dias em coma com o ventilador, devido aos efeitos da COVID nos pulmões. Costumo dizer que a minha recuperação foi milagrosa – os médicos chamaram-lhe meteórica. Foi o meteorito do amor!

Lembro-me de ter acordado nos Cuidados Intensivos do Hospital de Santa Maria, Lisboa e não me lembrando de nada, em sofrimento, com oxigénio, cateteres na veia jugular e demais, e sem forças sequer para falar, ter pensado que estava em estado terminal.

Pedi para me eutanasiarem durante um dia inteiro – os enfermeiros fingiram que não percebiam, e depois até se zangaram – e com razão – com a minha insistência. Pois o pior já havia passado! (eu é que não sabia ainda). Para me “passar energia amorosa através das mãos”, como lhe disseram os enfermeiros, e para me dar a primeira refeição semi líquida: um puré de maçã.

Quando ela me aparece, e com a minha querida amiga Vanda Martins (vestidas de fatos isoladores de cima a baixo) eu chorei. Todas três comovidas, o amor a fazer a sua magia, a minha amada - de quem eu já me havida mentalmente despedido, com a tristeza profunda de pensar que nunca iria ver os netinhos que dela viessem - a dar-me a primeira papinha, depois do despertar do coma e do regresso à vida.

A injeção de amor daquelas duas almas de luz, foi tanta, que no outro dia estava fora daquela unidade de emergência, feliz, grata, em profundo estado de graça. Em tudo via DeusDeusa. Fui para uma enfermaria intermédia e dois dias depois para outra Covid-free como a chamavam.

Até regressar a casa, fraca ainda, mas muito mais cristalina, um novo pacto com a Vida Sagrada tinha sido formado na breve noite escura que a minha amada alma criou, para me reconstruir. Em tudo melhor, mais leve, recriada.

Quem diria, pois, que seis meses depois, estava a viajar para África Minha, num novo ciclo maravilhoso onde a paixão e o amor renasceram – em paisagens de absoluto encanto, que serviram de pano de fundo para outra grande etapa de vida.

Um ano depois, passei o dia do meu aniversário em três países – pequeno-almoço no Malawi, almoço na Zâmbia, jantar no Zimbabue. Tem sido a minha própria versão do livro Comer, Orar, Amar. Só acrescento mesmo: viajar. Conhecer tantos países neste continente que é a minha raiz, tem sido um processo de integração de luzes e sombras, individuais e coletivas.

Os seres humanos desejam todos o mesmo em qualquer metro quadrado de terra no planeta. A forma como o expressam, contudo, depende do seu nível de sofrimento, profundidade da ferida, despertar de consciência e nível de sabedoria.

Com a Lua Cheia de Leão-Aquário, os temas para trabalharmos são estes mesmos: o do Amor e da identidade; das aspirações, e das corretas relações humanas, através das quais o “Corpo de Deus se refaz”.

Aquário pertence esotericamente ao 5.º grau, que é regido pelo planeta Vénus, que por sua vez, nos une a todos através do amor.

Aquário é um signo fixo, também para se "manter focado nos seus ideais e aspirações do coração e da mente, para o benefício da humanidade", como escreveu o amado Alan Oken.

Este eixo é o da individuação – saber quem somos, para saber que somos todos um - e implica, numa primeira fase, uma vivência mais egocentrada, para que, através das mortes do signo em quadrado (Escorpião) possamos reconectar com a nossa fonte criativa, verdadeira potência e força interior.

“Este é o Caminho de Retorno e quanto mais nos aproximamos do nosso Eu espiritual, maior a realização da nossa Divindade inerente. Tal perceção é o resultado da nossa consciência em expansão, que é ela, mesma uma função da Alma”, referiu Alan Oken.

Esta Lua Cheia vai dar a Vénus e desaguar finalmente a Neptuno em Peixes, que representa o princípio do amor.

Neste ciclo Leão-Aquário, podemos dizer que é “Aquele que governa através do amor”, natureza e missão do Cristo.

Mas falta ainda tanto para que as sociedades humanas sejam verdadeiramente aquarianas… não importa, façamos cada um e uma, a sua parte. Precisamos “apenas” despertar o Coração!

Ah, a vida é mágica!

Com amor,

Vera Leal

Feminino Consciente

#consciousfeminine