Quando algo de bom nos acontece, nos primeiros momentos, dias, semanas, andamos sorridente, felizes, nas nuvens; pouco tempo depois a mente – e o ego -, começa a fazer das dela, começa a criar a teia de insegurança, os enredos, os bloqueios que levam à perda do brilho e da alegria. Porquê? Porque essa alegria era exterior e não interior. E assim, começamos a destruir o que de bom a vida nos dá.
É assustador este padrão de comportamento porque conduz, invariavelmente, ao fundo do poço… fundo do poço que acaba por ser confortável para algumas pessoas. Do fundo do poço, essas pessoas, podem gritar em plenos pulmões que a vida é injusta, uma nulidade, que nunca nada de bom lhes acontece, e outros discursos pobres e desresponsabilizantes desse género. Desta maneira se vai gastando a vida; o tempo passa e temos uma mão cheia de... nada.
Sim, é cansativa esta retórica de gente que nunca tentou construir nada ou que desistiu ao primeiro 'não' da vida. São cansativas estas desculpas de pessoas frágeis que preferem viver no pior e não no melhor e insistem em culpar a vida. O 'melhor' dá trabalho, requer dedicação, esforço, trabalho, etc. As queixas, a culpa que é sempre dos outros - dos pais, dos avós, dos amigos, dos inimigos, do ex, do periquito, da vida, do karma - demonstram uma grande falta de respeito pela vida, pelo dom que nos foi disponibilizado - sim, porque a vida é um empréstimo, uma bênção que acaba-se num ápice... Aproveitamos esta bênção? Nem por isso.
A vida e o karma têm umas costas larguíssimas! Não falemos mais de karma porque pouca gente sabe, verdadeiramente o que é o Karma! O karma é apenas uma das leis universais que diz que tudo o que fazemos tem repercussões. É também chamada de Lei da Causa e Efeito, ou seja, colhemos o que semeamos. Coincidência há poucas, em particular, nas situações significativas são raras. Os grandes acontecimentos da nossa vida têm uma razão de ser: ensinar-nos algo importante no intuito de limar arestas da nossa alma. A vida - uma passagem mais da Roda de Samsara - não nos penaliza. Deus não faz isso porque... é Deus! Penalizar é coisa de mentes humanas bastante pueris. Como podemos pensar que Deus penaliza?! Isto acontece porque ainda pensamos em Deus como um ser antropomórfico! Imaginamos Deus com características humanas! Somos muito infantis ainda.
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