Por mais campanhas de sensibilização que se façam e por muitos alertas que se emitam, muitos deles em dias como o de hoje, em que se assinala o Dia Mundial do Animal, o abandono de animais de companhia não para de aumentar. Em 2015, só a Guarda Nacional Republicana registou 195 queixas. Em 2016, o número subiu para 243 e, em 2017, voltou a crescer, para os 336. Nos primeiros oito meses deste ano, já ia nos 234.
Depois de 34 queixas em maio, junho foi o pior mês, com 39 registos. Em julho, foram 29 e, em agosto, 36. "Os canis encheram este ano. Houve um aumento de abandonos no período do verão, sobretudo", confirmou Maria do Céu Sampaio, diretora da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal, à revista TV 7 Dias. Em agosto, mês em que se assinala o Dia Internacional do Animal Abandonado, o alerta já tinha sido dado.
Na altura, a Ordem dos Médicos Veterinários chamou a atenção para o crescente número de animais encontrados nas ruas, que em 2017 subiu 22% face ao ano anterior. "Portugal tem uma elevada taxa de abandono animal", lamentou a Ordem dos Médicos Veterinários à revista de televisão.
De acordo com este organismo, até agosto já tinham sido recolhidos cerca de 16.000 nos centros de recolha oficiais de cinco das maiores regiões do país. "Destes, apenas cerca de seis mil foram adotados", confirma a organização.
"[É] um problema grave da nossa sociedade que se intensifica em alturas de férias, pois as pessoas não sabem onde deixar o seu animal", refere ainda. Para sensibilizar para o problema, que se verifica um pouco por toda a Europa, uma organização britânica criou um concurso, o Dog Photographer of the Year, de onde anualmente saem fotografias de cães adotados que não podiam ser mais amados, como pode ver de seguida.
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