O estudo global, realizado pelo IBM Institute for Business Value (IBV) em cooperação com a Oxford Economics, entrevistou um número igual de mulheres e homens de organizações em todo o mundo para compreender melhor por que uma grande disparidade de género na liderança persiste e o que pode ser feito para impulsionar o progresso em direção à igualdade de género.

Além da pesquisa qualitativa, o IBV realizou uma série de entrevistas individuais com executivos e profissionais em seis regiões globais.

O estudo revelou que, dentro destas organizações, apenas 18% dos cargos de liderança sénior são ocupados por mulheres.

Setenta e nove por cento dos entrevistados indicaram que não formalizaram prioritariamente a promoção da igualdade de género na liderança dentro das suas organizações, embora muitas evidências correlacionem a igualdade de género com o sucesso financeiro e a vantagem competitiva.

Os homens subestimam a magnitude do género nos seus locais de trabalho. Sessenta e cinco por cento dos executivos do sexo masculino relataram que é provável que tenham sido promovidos a um cargo de liderança mesmo que fossem mulheres, apesar do baixo número de mulheres que atualmente ocupam esses cargos.

Por outro lado, poucas organizações demonstram um senso de urgência ou prioridade sobre este problema. As organizações confiam demasiado nas "boas intenções" e aplicam uma abordagem de laissez-faire à diversidade. Ou seja, não aplicam o mesmo foco na execução operacional que aplicam a outros aspetos do desempenho organizacional.

"O ano passado aumentou o foco mundial na diversidade, e os benefícios comerciais das equipas inclusivas estão agora mais bem documentados", disse Michelle Peluso, vice-presidente sénior de vendas digitais e diretora de marketing. "A oportunidade agora é passar da inclusão como sendo algo interessante para ser imperativa - assim como tratamos outras prioridades de negócios."

Apesar destes obstáculos, havia um conjunto de organizações - designadas de "First Movers" no relatório - que se destacaram por se terem dedicado a alcançar a igualdade de género em cargos de liderança.

Considerando 12% da amostra total, estas organizações partilham características e valores que promovem um ambiente mais inclusivo. Todas elas levam a inclusão a sério, e fizeram da progressão das mulheres para cargos de liderança uma prioridade formal de negócio. Em comparação, apenas nove por cento das outras organizações têm o mesmo foco. Acreditam também que a inclusão de género as tornam financeiramente mais lucrativas, enquanto apenas 38% das outras organizações concordam.

"O que aprendemos com as empresas First Movers é a importância de estabelecer metas mensuráveis e definir uma abordagem sistemática para inclusão em toda a organização. Isto significa tudo, desde o recrutamento até à recompensa, desenvolvimento, retenção e promoção das mulheres. Devemos ser responsáveis por atingir estas metas ", afirmou Peluso.

Pode aceder ao estudo completo, no site da IBM.