Cinco amigos portugueses querem ser os melhores do mundo a jogar às escondidas
Cinco amigos portugueses querem ser os melhores do mundo a jogar às escondidas créditos: DR

A formação da autointitulada “Seleção Nacional de Jogo das Escondidas” partiu de António Ferreira depois de ver, num canal de televisão, uma notícia sobre a competição achou que era “a cara” daquele grupo de amigos, tendo-os desafiado, contou o líder da equipa à Lusa.

Filipe Penas, Isac Fialho, Henrique Anfilóquio e Fábio Coito “primeiro pensaram que era uma brincadeira”, mas depois de “pesquisar muita informação” sobre a competição que se realiza em Itália, de 08 a 10 de setembro, “aceitaram o desafio do capitão”.

Com idades entre os 26 e os 28 anos, sem filhos e com profissões na área da hotelaria, suinicultura, engenharia eletrónica, fabrico de calçado e competições de poker, os cinco amigos que sempre sonharam “representar Portugal” vão dispostos a arrancar à França o lugar de campeão mundial e trazer para Portugal o título e a folha de figueira em ouro que o simboliza.

Consonno, a Las Vegas Italiana

Para isso desembolsaram já, cada um, 25 euros para a inscrição e 75 euros para as viagens até à aldeia de Consonno, na região italiana de Lombardia, a cerca de uma hora de Milão.

Conhecida como a “Las Vegas Italiana”, por ter sido originalmente pensada como um complexo de diversão e lazer para adultos, a pequena localidade, agora abandonada e conhecida com “aldeia fantasma”, será o cenário da VIII edição do Nascondino World Championship (Campeonato Mundial do Jogo das Escondidas), inicialmente organizado por uma revista italiana, mas que desde 2011 foi aberto à participação de outros países.

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Este ano, a organização estima ter 80 países em competição, com equipas compostas por cinco elementos a esconderem-se e uma equipa de "procuradores" neutra, composta por jogadores de rugby, que os tentarão encontrar.

No jogo, conhecido em italiano por 'nascondino' , vale tudo, desde camuflagem a esconderem-se atrás de fardos de palha ou bidons. Os participantes têm de conseguir esconder-se em menos de um minuto e regressar em menos de cinco minutos, sem serem apanhados, a um pouf gigante que funciona como base.

O primeiro a chegar “ganha 20 pontos, o segundo 19 e por aí fora”, explicou à Lusa António Ferreira, convicto de que os cinco da Benedita vão “chegar à final e trazer a taça”. A preparação, ao nível da estratégia “tem sido feita em reuniões no Café Central”, na Benedita, transformado no “centro de reuniões para discutir a tática”, ironizou o capitão da equipa.

Já o treino físico “tem sido pouco”, embora a equipa mantenha a forma com jogos de futebol amador, “sempre que é possível”, contou.

Resta agora, até setembro, intensificar a procura de “patrocínios para os custos com alimentação durante a estadia”, tarefa mais facilitada desde que a equipa começou a ser notícia e “as empresas começaram a perceber que não se trata de uma brincadeira”. Dos resultados que conseguirem alcançar dependerá a continuidade da equipa que, se ganhar, “sai em grande” e não voltará à competição. Caso contrário, “vamos voltar lá até conseguir”, garantiu António Ferreira.

Em qualquer dos casos, a experiência poderá resultar na criação de “uma iniciativa do género” na Benedita, onde “existem locais onde se podem realizar competições deste género e fazer renascer um jogo que fez parte da infância de toda a gente”, concluiu o capitão da primeira equipa nacional do Jogo das Escondidas.