Os homens de classe média-alta, tendencialmente mais velhos e com profissões consideradas nobres na sociedade, constituem o perfil de cliente dos alfaiates portugueses.
A revelação é feita por um estudo do IPAM da The Marketing School Aveiro, que revela também que a atual conjuntura económica de crise não está a afetar o mercado da alfaiataria nacional.
«Trata-se de um dado facilmente justificado pelo típico crescimento em contraciclo do mercado de luxo, onde a alfaiataria se insere», refere o IPAM em comunicado, que acaba de lançar também o primeiro anuário de alfaiataria, já disponível para venda.
O estudo científico que serve de base a estas conclusões, designado «Alfaiataria: Um estilo de vida? Experiências e serviço nas alfaiatarias portuguesas», envolveu 18 alfaiates do Porto, Aveiro e Lisboa, sendo representativo de várias gerações de profissionais e de vários níveis de preço e serviço.
As idades dos principais clientes destes serviços estão compreendidas entre os 25 e os 90 anos, sendo que grande parte dos alfaiates referem que trabalham mais para pessoas de meia-idade «porque os jovens não têm dinheiro para fazê-lo», pode ler-se no documento. O estudo revela ainda que a alfaiataria é uma área onde a tradição se impõe.
«Quem vai ao alfaiate é porque está habituado a ir, não se tratando de um hábito que surge agora. Ao nível de promoção do serviço, trata-se de uma área cuja publicidade é feita sobretudo pelo boca a boca e que se deve ao trabalho de qualidade prestado, destacando-se, ainda, o facto da marca do alfaiate ser ainda muito orientada para o nome do próprio profissional», referem ainda os autores do estudo.
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