Já lá vão 60 anos desde que Alberto Rocha montou a sua pequena unidade de fabrico artesanal de produtos em barro cozido. Hoje a Alberto Rocha Cerâmica continua a ser uma empresa familiar, preservando a passagem do conhecimento de geração em geração no fabrico de ladrilhos, telhas e tijolos de influência árabe, utilizados há centenas de anos nas casas algarvias.

Os Ladrilhos de Santa Catarina, provenientes de Santa Catarina da Fonte do Bispo, no concelho de Tavira, devem a sua designação a Alberto Rocha, que nos anos 1980 procurou dar uma identidade ao material que até então era designado por ladrilho regional. Os restantes fabricantes locais seguiram-no e hoje é assim que é conhecido e referenciado entre projetistas e em todo o setor da construção.

Estes representam uma tradição muito portuguesa e são feitos à mão por mestres artesãos com base em técnicas ancestrais de produção. O processo de produção da Alberto Rocha Cerâmica começa pela extração do barro em jazidas próprias que ficam dentro do espaço industrial. O barro é moído em moinhos de martelo num pó de grão muito fino que é misturado e amassado com água, formando uma pasta que será moldada pelos artesãos. A partir daqui todo o processo é manual. As peças são moldadas e estendidas nas eiras a secar, sendo que durante a secagem são batidas com uma plana de madeira para fechar os espaços deixados pela evaporação da água e para que o ladrilho fique bem desempenado e consistente.

Passa-se então à enforma que é feita em adagues, posicionando assim, as telhas, ladrilhos e tijolos numa posição adequada e bem travada, numa técnica ancestral que só os operários mais experientes dominam. A cozedura é feita em fornos alimentados exclusivamente a biomassa, lenha casca de amêndoa e com os sobrantes da laboração do Lagar de Azeite de Santa Catarina, que ardem durante dois dias até estarem prontos para receber as peças. Na desenforna todas elas passam novamente pelas mãos dos operários: as peças boas são acondicionadas em paletes e seguem para o cliente, as peças que apresentarem defeito são colocadas de lado e podem ser recicladas para entrarem de novo no ciclo de produção.

O genuíno ladrilho de Santa Catarina mede 15 por 30 centímetros e tem um suave riscado largo e quase branco sobre uma base avermelhada, características que o tornam único e fácil de reconhecer. O trabalho de Alberto Rocha Cerâmico pode ser encontrado um pouco por todo o país, e são a escolha de alguns arquitetos como Souto Moura, que os utilizou na reabilitação do Convento das Bernardas em Tavira.

Dica Portugal Faz Bem

A opção de aplicação de ladrilhos de cerâmica artesanal em determinado espaço é uma opção por um pavimento resistente à água e às manchas, mas também por sofisticação. Se a isso acrescentar textura pode optar por uma variedade de cores existentes dentro da cor do barro utilizado e está com certeza a criar um ambiente acolhedor.

A regra básica na hora de eleger determinado pavimento é escolher o material adequado. A opção pode ser baseada no preço, na resistência ao desgaste, na manutenção, no conforto, no modo como irá ser utilizado, assim como no espaço e tipo de ambiente que pretende obter.

A tijoleira artesanal aguenta vários tipos de exigência. É um material com muita personalidade, natural e que apoia igualmente o desenvolvimento local, caso seja uma das opções em que pretende apostar. 

Pense na cor e no padrão ou estereotomia do pavimento a adoptar. Tenha atenção às variações de espessura e se optar por conjugar com outro material natural, como por exemplo madeira ou pedra, vai combinar bem de certeza.

Fique a conhecer mais empresas portuguesas aqui.

www.portugalfazbem.pt

https://www.facebook.com/portugalfazbempt

https://www.instagram.com/portugalfazbem