Na altura de comprar presentes de Natal, a grande maioria dos portugueses ruma aos centros comerciais. De acordo com um estudo apresentado em Lisboa pela empresa L'Oréal Portugal, nas semanas que antecedem a quadra natalícia, esses são os espaços comerciais preferidos por 66%. 51% opta pelos hipermercados e 41% pelas lojas de rua. A seguir ao comércio tradicional, com 36%, surgem as cadeias de retalho.

Em menor percentagem, ainda que a crescer, está o comércio eletrónico. Segundo a sondagem anual de hábitos de consumo natalício da loja online Showroomprive.pt, 22,5% dos portugueses vão comprar mais online neste Natal. «A intenção de compra em relação ao ano passado permanece estável. 30,8% afirmam que comprarão mais ou menos o mesmo número de produtos online este ano», refere o documento.

«20,6% acredita que vão comprar um pouco mais online e 22,5% vão comprar muito mais. Há também uma representação da população que comprará menos online, 5,1%. 20,8% da população portuguesa garante que não comprará nada online este ano. Isso significa que 13,8% dos inquiridos pretende fazer todas as compras possíveis pela internet e 13,4% mais do que 75% delas», informa a empresa em comunicado.

A festa das crianças que, afinal, não o é

Contrariamente ao que seria de esperar, como atestam estes dois estudos, o Natal é tudo menos a festa das crianças. 80% das prendas adquiridas são, segundo a L'Oréal Portugal, oferecidas a adultos e o seu valor também tende a ser mais alto. As crianças recebem apenas 64% dos presentes comprados, ainda assim 23% mais do que os adolescentes com idades entre os 12 e os 18 anos, que não vão além dos 41%.

De acordo com esta empresa, 70% das prendas oferecidas são roupa, calçado e acessórios. Os cheques-prenda representam cerca de 49% e os relógios e as joias rondam os 41%. A sondagem da Showroomprive.pt também coloca a moda na linha da frente, com a roupa a representar 19,8% das compras, seguida pelos perfumes e pelos cosméticos com 15,8% e pelos acessórios e complementos, com 14,4%.

O (eterno) problema dos homens

11,8% das compras são livros. Seguem-se a tecnologia (11,4%), o calçado (7,6%), os jogos (7,4%), a decoração (6,6%) e os acessórios desportivos (4,7%), oferecidos sobretudo aos homens, muita vez como último recurso à falta de ideia melhor. O estudo da L'Oréal Portugal confirma a tendência. Os perfumes, os produtos de cosmética e a maquilhagem surgem, também aqui, na lista dos presentes mais oferecidos nesta altura.

«Dezembro representa 11% das vendas do resto do ano em beleza», afirma Ana Valentim, consumer and market insight manager da empresa. No caso dos perfumes, a percentagem chega a atingir os 22%, na maquilhagem atinge os 15% e os tratamentos de beleza em salão registam um aumento da procura na casa dos 10%. 62% aproveitam as promoções e as ofertas que as marcas apresentam nesta época.

Elas e eles. «Cada vez mais, os homens gostam de cuidar de si. Acreditamos que a percentagem [dos que adquirem produtos de beleza e de cuidados corporais] possa vir a aumentar nos próximos anos», afirmou, durante a apresentação do estudo, Ana Valentim. Na hora de adquirir presentes para eles, são muitas as dificuldades. Damos-lhe, de seguida, algumas sugestões de presentes que ainda vai a tempo de adquirir.

Texto: Luis Batista Gonçalves