“Nos últimos anos, foram mais de três mil ninhos destruídos no nosso concelho e, em 2021, foram cerca de 400, porque desde 2020 que o combate é feito pela Câmara, o que o torna mais eficaz e menos oneroso”, explicou Armando Mourisco.
Segundo explicou à agência Lusa, o combate começou por ser feito com recurso a serviços externos, o que “provocava sempre morosidade, não só porque eram contratos que se faziam, como pela distância das empresas que se deslocavam do Porto ou de Coimbra”.
Em 2020, a Câmara “comprou todo o equipamento necessário e formou equipas internas, trabalhadores da autarquia, que têm outros afazeres e que não se dedicam em exclusivo ao combate da vespa, o que também torna o combate mais rentável”.
“E é também mais rápido, porque assim que alguém sinaliza um ninho, esses trabalhadores pegam no equipamento e numa viatura do município e, no máximo em meia hora, o tempo que se demora da sede do concelho a qualquer freguesia, estão no local”, explicou.
Uma rapidez que, segundo o presidente, “se traduz em eficácia e eficiência, porque quanto mais rápido o ninho for destruído, menor é a probabilidade de serem criados mais ninhos e isso diminuiu a propagação desta chamada vespa asiática”.
“Tudo isto com um custo associado muito baixo, porque os trabalhadores são da Câmara e a formação e o equipamento contaram com apoio do quadro comunitário. Portanto, o investimento inicial foi reduzido e deixámos de recorrer a serviços externos”, disse.
Um combate que também “é feito pelas Juntas de Freguesia e muito pelos apicultores, que têm vindo a destruir os ninhos e a proteger as suas colmeias contra esta vespa”, assim como “os municípios vizinhos que devem estar a fazer o mesmo trabalho” de destruição de ninhos.
Neste sentido, Armando Mourisco disse que, “felizmente, os estragos provocados por estas vespas têm vindo a diminuir, há uma redução em mais de 50% no aparecimento de novos ninhos, fruto deste combate rápido e eficaz, mas também do trabalho em rede” que é feito.
“Apesar de não termos os prejuízos quantificados, temos noção de que já foram mais elevados do que aquilo que são hoje, tendo em conta este trabalho dos apicultores e este combate que fazemos a este fenómeno e a este flagelo que invadiu o país e esta região”, defendeu.
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