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Tal como em anos anteriores, a Quercus faz o balanço ambiental relativo a 2017, selecionando os piores factos deste ano.
- Tragédia dos incêndios no Centro e Norte de Portugal: Mais de 100 mortos e 500 mil hectares de área ardida marcaram 2017 como o pior ano em Portugal quanto a incêndios florestais, com os dias 17 de junho e 15 de outubro a ficarem na memória de todos.
- Descargas poluentes no rio Tejo: A Inspeção Geral do Ambiente ordenou o encerramento parcial em novembro de uma empresa de Vila Velha de Ródão. Antes disso, foram encontrados milhares de peixes mortos a boiar num braço do rio Tejo, junto à central de Velada, no concelho de Nisa, pelo ativista da associação Pro Tejo, Arlindo Consolado Marques. Este chamou-lhe "uma mortandade brutal".
- Processo judicial contra Arlindo Marques: A empresa Celtejo instaurou um processo ao ambientalista Arlindo Marques por este associar os episódios de poluição no Tejo à empresa, reclamando esta o pagamento de 250 mil euros por danos atentatórios do seu bom nome. O ambientalista disse estar "triste e indignado com este processo", tendo afirmado que o mesmo "pretende silenciar vozes incómodas num caso de autêntico terrorismo psicológico".
- Extensão do prazo para renovação da licença da Central de Almaraz: A central nuclear espanhola de Almaraz, perto da fronteira com Portugal, pediu ao governo de Madrid a renovação da licença de exploração que termina em 2020. Especialistas em saúde pública querem a distribuição de pastilhas de iodo em zonas próximas da central de Almaraz para prevenir eventuais efeitos de fuga de material radioativo.
- 32,6% do solo do território nacional encontra-se em situação degradada: A Quercus lembra que os solos degradados armazenam menos carbono, o que contribui para o aquecimento global. Sem solos saudáveis e produtivos, surge a pobreza, a fome e a necessidade de emigração, que muitas vezes gera conflitos e problemas humanitários gravíssimos.
- Legionella volta a matar em Portugal: Os graves casos de infeção por Legionella que têm ocorrido, e a constatação de surtos com carácter cada vez mais frequente, são já uma questão de vida ou de morte em Portugal e a Quercus considera indispensável e urgente a tomada de medidas adicionais. No final de novembro, a Direção-geral da Saúde (DGS) declarou o fim de um surto de legionella no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que provocou pelo menos 56 casos de infeção, cinco dos quais mortais.
- Eucalipto em expansão em Portugal: Em seis meses, o atual governo autorizou 57% da expansão legal das plantações. área ocupada por eucaliptos registou um aumento "próximo da superfície da cidade de Lisboa", entre outubro de 2013 e junho passado, denunciaram hoje a Quercus e a Acréscimo, uma associação dedicada ao investimento florestal sustentável. A Quercus alerta que a expansão do eucalipto traz consigo riscos de elevado consumo de água, erosão dos solos e incêndios mais difíceis de controlar.
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