Nas cartas, as crianças expressam inquietação e medo de um futuro incerto, criticam os adultos pelas suas atitudes irresponsáveis e mostraram-se zangadas pela falta de resposta dos políticos, muitos deles reunidos na 25.ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.
As preocupações das crianças são manifestas em frases, divulgadas pela agência espanhola EFE, como “as alterações climáticas são um assunto muito importante, como sabem, e se queremos sobreviver e ter um futuro, têm de tirar-nos deste apuro”, “parem de discutir sobre o que fazer e façam já, de nada servem os planos a longo prazo nem medidas que nunca se chegam a desenvolver; não deixem que o planeta caia” e “estamos a fazer a nossa parte, mas isso não basta, necessitamos que façam a vossa: se o governo não atua, estamos perdidos; têm a responsabilidade de levar o mundo adiante, não nos defraudem”.
As crianças que enviaram as cartas, aproveitaram para apresentar algumas soluções: “Gostaríamos que os sacos do supermercado fossem de papel e que não houvesse plástico para a fruta, para além de que cada um devia levar os seus próprios sacos” e “uma solução podia ser a reflorestação, em que cada família teria que plantar uma árvore - se tiver um jardim - se não tiver, plantar flores ou plantas pequenas”.
A concluir escrevem: “Obrigada por lerem esta carta e lembrem-se, um pequeno gesto pode salvar o planeta”.
A COP25, que termina na sexta-feira, deveria ter-se realizado no Chile, mas devido à situação de agitação social no país acabou por ser transferida para Madrid.
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