Em comunicado a que a agência Lusa teve hoje acesso, o CSN informa que decidiu favoravelmente a solicitação da renovação da autorização de exploração da central nuclear de Almaraz, em Cáceres, cuja vigência terminava em junho deste ano.

"O plenário do CSN acordou informar favoravelmente a solicitação da renovação da autorização de exploração da central nuclear de Almaraz (Cáceres), cuja vigência terminava em junho. Concretamente, permite o funcionamento da unidade I até 01 de novembro de 2027 e a unidade II até 31 de outubro de 2028, que iniciaram o seu funcionamento em 1981 e 1983, respetivamente", explica, em comunicado, o CSN.

A decisão foi tomada em plenário do CSN esta semana, sendo que o parecer favorável é justificado com base no cumprimento, por parte dos proprietários da central nuclear de Almaraz, das condições de autorização vigentes que foram concedidas em 2010 e as suas instruções técnicas associadas, como a revisão periódica de segurança (RPS) e a normativa de aplicação associada.

"Dado volume da documentação técnica associada, o plenário do CSN desenhou um plano de trabalho para garantir o tempo necessário para a adequada análise, que se desenvolveu durante todo o mês de abril até agora", lê-se na nota.

A decisão emitida pelo CSN inclui 13 limites e condições aos quais ficará submetido o funcionamento da central nuclear de Almaraz neste novo período.

"Além disso, esta decisão tem em linha de conta os resultados da avaliação contidos num conjunto de 44 informações técnicas especializadas, assim como os requisitos exigíveis pelo Regulamento de Instalações Nucleares e Radioativas (RINR), a informação proveniente das inspeções realizadas à central durante a vigência da atual autorização por parte do CSN, assim como os resultados de processos de licenciamento, supervisão e controlo do CSN, nesse período de 10 anos", conclui.

Esta informação vai ser agora remetida ao Ministério para a Transição Ecológica para a sua autorização definitiva.

Os proprietários da central de Almaraz, a Iberdrola (53%), a Endesa (36%) e a Naturgy (11%), tinham pedido a renovação da licença de exploração até 2028.

A central está implantada junto ao rio Tejo numa zona de risco sísmico e apenas a 110 quilómetros em linha reta da fronteira portuguesa.