A Zero, GEOTA, LPN e Quercus, que hoje se reuniram com o ministro do Ambiente, consideram que uma “lei climática europeia forte e ambiciosa” deve ser uma das prioridades de Portugal na presidência do Conselho da União Europeia, que assumirá no primeiro semestre de 2021.

Nos compromissos ambientais europeus deve também estar a “redução de emissões de gases de efeito de estufa para pelo menos 65%”, a eficiência energética de pelo menos 45% e metade da energia consumida deve vir de fontes renováveis já em 2030.

Para as quatro associações, é preciso que o próximo orçamento da União Europeia, que financia as suas instituições, eleja o Pacto Ecológico Europeu (assumido em 2019) como medida de recuperação dos países no contexto da crise provocada pela pandemia da covid-19.

Investir na neutralidade carbónica é uma forma de criar “empregos qualificados e com futuro” e dará um “estímulo económico” aos parceiros europeus.

A forma de lá chegar é apostar em economia circular, promovendo a reutilização e reduzindo a utilização de novos recursos, defendem, entre outras medidas para “reduzir a poluição, diminuir custos de produção e aumentar a competitividade”.

No campo da energia, querem afastar o investimento dos combustíveis fósseis em setores como a indústria, transportes e agricultura, uma estratégia que afirmam ter “ganhos de produtividade e competitividade”.

Os ambientalistas querem uma intervenção para recuperar biodiversidade e defendem que haja no seio da União um “plano de ação de poluição zero” que valha para a água, ar e solo, rejeitando a construção, por exemplo, de novas barragens.

Referem que em maio do próximo ano, Lisboa acolherá a segunda Cimeira Europeia dos Rios e afirmam que será uma boa ocasião para reafirmar o compromisso da Comissão Europeia de retirar até 2030 barreiras obsoletas e recuperar “pelo menos 25 mil quilómetros de rios”.

“Salvar, aumentar e proteger a biodiversidade caminha de mãos dadas com o combate às alterações climáticas e a proteção da saúde humana”, afirmam em comunicado.