Ainda que de acordo com os dados mais recentes da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) o mercado imobiliário esteja a atravessar uma fase de estagnação, a mesma deverá ser encarada como uma oportunidade, se o objetivo for vender a casa.
Paralelamente à falta de oferta de novos imóveis – número que apenas deverá ser invertido em 2021 – o final de 2019 está a registar um novo mínimo, com os juros dos novos créditos da casa abaixo de 1%, segundo dados do Banco Central Europeu (BCE). Ou seja, Portugal está a atravessar um período historicamente favorável para quem procura financiamento para a compra de habitação.
De igual forma, o BCE identificou um aumento de 5,7% (6,9 mil milhões de euros) no financiamento para a aquisição de habitação entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2018. Este é também o valor mais alto desde 2010.
Aliado a este conjunto de fatores, também o II Grande Inquérito de Sustentabilidade em Portugal, elaborado por investigadores do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, revelou que a compra de casa é a quarta prioridade para os portugueses. De acordo com o inquérito, comprar casa está nos objetivos de 30,9% dos inquiridos, fator que tem vindo ganhar relevância nos últimos três anos.
Deste modo, esta conjugação de elementos poderá remeter para um período favorável para a venda de imóveis. A chave está na utilização das corretas ferramentas de apoio, tais como as disponibilizadas pela agência imobiliária digital Housefy.
Eis as principais dicas para comercializar um imóvel em tempo recorde
Documentação
O primeiro passo para vender com rapidez um imóvel é ter toda a documentação necessária reunida. Poderá parecer simples, mas na realidade é importante que o vendedor tenha consigo a Certidão de Registo Predial, Caderneta Predial, Licença de Utilização, Planta do imóvel, Certificado Energético e documentos financeiros, no caso de ter contratado uma hipoteca, no momento em que a casa é anunciada.
Estes são os documentos indispensáveis a qualquer transação imobiliária:
Do proprietário
- Documento de identificação (Cartão de Cidadão)
- Certidão de Registo Comercial (se o imóvel for de propriedade de uma empresa)
- Documento de identificação dos representantes da empresa (novamente, se o imóvel for de propriedade de uma empresa)
Do imóvel
- Certidão Permanente de Registo Predial
- Caderneta Predial
- Escritura
- Alvará de Licença de Utilização
- Plantas do imóvel, arrecadação, garagem, localização, anexos
- Certificado Energético
- Ficha Técnica da Habitação (só para imóveis posteriores a março/2004)
Montra Virtual
A publicidade é a chave para qualquer negócio, especialmente nas transações de compra e venda. Pelo que é importante valorizar todas as caraterísticas da casa, mas também apostar em ferramentas de marketing.
Um bom anúncio é sinónimo de um bom cartão de visita. Saber quais os fatores a destacar numa casa poderá colocá-la no topo das montras virtuais. Entre os principais detalhes mais procurados estão: orientação solar, distribuição de espaços, número de metros quadrados e localização do imóvel. Tendo em conta que vivemos numa altura em que todos os segundos contam, é importante ser objetivo e minucioso na descrição do imóvel. Quanto maior a transparência, menor será o tempo de venda.
É igualmente importante estar atento a notícias sobre a zona do imóvel, de forma a tomar partido de possíveis alterações ou eventos possam valorizar o anúncio.
Preço
Ao contrário do que a maioria pensa, colocar à venda um apartamento ou uma casa com um valor exorbitante não faz sentido. Tal como Albert Bosh, CEO da Housefy, alerta “o comprador aplica cada vez mais filtros à sua pesquisa, o que condiciona bastante os imóveis apresentados nos resultados. Portanto, se o imóvel não estiver dentro do valor de mercado, irá ficar para último.”
Deste modo, a ajuda de um profissional também acaba por ser necessária. Recorrer a um especialista imobiliário permite conhecer as variações do mercado, fazer uma avaliação da casa e definir um preço, que deverá ser ligeiramente acima do valor real da casa. Por exemplo, se o mesmo for de 230.000 euros, o preço a anunciar deverá ser de 235.000 euros – o comprador não será dissuadido pelo preço e o vendedor manterá o seu lucro expectável.
Home Staging
Criado por Barb Schwarz no início da década de 70, o Home Staging é considerado uma das mais importantes ferramentas de marketing imobiliário. À semelhança de qualquer outro produto, quanto mais apresentável e atrativo for o imóvel aos olhos do cliente, mais probabilidade existe de fechar negócio. De acordo com Schwarz o ponto de partida é olhar para a casa da posição do comprador.
Para além de eliminar o óbvio como manchas de humidade ou de arranjar torneiras e portas, o objetivo deverá tornar a casa o mais impessoal possível. Desta forma, quanto mais neutro o imóvel for, mais probabilidade terá de alcançar um maior número de interessados. As casas desarrumadas podem levar o potencial comprador a assumir problemas de espaço, quando os mesmos poderão não existir.
Por conseguinte, no dia das visitas, o imóvel deverá estar o mais limpo e organizado possível, sendo que a luminosidade também deverá ser tida em conta como um importante aliado.
Certificado Energético
Este documento, obrigatório em Portugal desde 2013, é na realidade uma informação que pode ser determinante para a venda de um imóvel. Independentemente de a casa ser nova ou antiga, o certificado energético é obrigatório a partir do momento em que o imóvel é colocado à venda ou para arrendar, pelos proprietários ou pelos mediadores imobiliários.
É através do mesmo que o desempenho energético do local de consumo é avaliado, indicando possíveis melhorias para reduzir o consumo, como a instalação de vidros duplos ou o reforço do isolamento, entre outras.
A classe energética do certificado é determinada pela localização do imóvel, o ano de construção, se se trata de um prédio ou de uma moradia, o piso e a área, assim como a constituição das suas envolventes (paredes, coberturas, pavimentos e envidraçados).
O mesmo está organizado por letras começando no A+ (muito eficiente) e terminando no F (pouco eficiente), sendo emitido por técnicos autorizados pela Agência para a Energia (ADENE).
De igual modo, quanto melhor for a classe energética do imóvel, melhor o respetivo posicionamento nos resultados de pesquisa das montras imobiliárias.
Dicas: Housefy
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