Todos os dias, somos confrontados com ofertas tentadoras, planos fáceis que nos parecem a solução imediata para um sem número de problemas. Aparentemente interessantes e com custos mais reduzidos, os planos de saúde devem ser, no entanto, encarados como um complemento acessível, uma opção válida para consultas de rotina, mas não como a solução para quem procura, conscientemente, proteger a sua saúde.
A crise, o aumento de doenças crónicas e as mudanças drásticas de uma sociedade moderna como a nossa, fizeram com que nos tornássemos mais cautelosos no momento de segurar o que temos de mais precioso e o que pode, de facto, manter-nos vivos, a nossa saúde. Dados da Associação Portuguesa de Seguradores apontam para a existência de (apenas) 2,4 milhões de portugueses cobertos por um seguro de saúde.
Um número interessante que tem vindo a crescer e que demonstra que estamos a viver uma mudança de perceção e de autorresponsabilização mas, mesmo assim, muito longe de outros países em que este seguro é encarado como prioritário e essencial. Mais de 70% da nossa população continua desprotegida. Quando optamos por um seguro de saúde, recebemos à partida poupança e temos liberdade e opção de escolha.
Quando sujeitos a um plano de saúde, ficamos inevitavelmente condicionados, não obstante alguns pontos positivos que continuam a ser relevantes no momento de decisão, há que ressalvar, contudo. No entanto, um plano de saúde não contempla o inesperado e todos sabemos que o imprevisto e o acaso fazem parte da equação do dia a dia. Devemos, por isso, viver conscientes de que não controlamos o amanhã.
Um seguro de saúde, apesar de aparentemente ser mais complexo, revela-se mais completo e responde mais assertivamente aos imprevistos que podem ocorrer no dia a dia.
Ter um seguro é saber exatamente o valor a pagar nas consultas de especialidade, os montantes do reembolso a receber, da assistência médica e de enfermagem ao domicílio, da cobertura na hospitalização, no parto e no ambulatório. É ter acesso a transporte gratuito de ambulância e, quando incluído, a assistência em caso de doenças graves.
Um seguro é mais indicado para quem quer constituir família, para quem prefere recorrer ao privado na marcação de consultas da especialidade ou para quem antecipa uma eventual cirurgia. Analisando em detalhe, ambos os cenários oferecem vantagens e desvantagens, pelo que definir bem os objetivos, conhecer as limitações orçamentais e ponderar o histórico familiar são algumas das condicionantes que deve considerar.
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