A verdade é que a automação e os robots fazem cada vez mais parte da nossa vida quotidiana e, como acontece desde há alguns séculos, o medo de que estes ocupem o nosso posto de trabalho é uma realidade que tem de ser enfrentada. Este medo vem desde a Revolução Industrial quando máquinas substituíram humanos nos seus trabalhos fabris, por serem mais rápidos, mais eficientes e saírem mais económicos para o proprietário da fábrica.

A questão que se coloca é se os robots nos irão substituir completamente ou se nos vão complementar tornando-nos mais produtivos. Mesmo que seja o segundo cenário aquele que se concretizará, não quer dizer que não existam empregos que vão desaparecer; faz parte do desenvolvimento e evolução da sociedade e do mundo.

Os postos de trabalho sob maior ameaça de automação, são posições baseadas em rotinas, como as de trabalhadores de fábricas e empregados de escritório.
Profissionais relacionados com a área social como enfermeiros, terapeutas e psicólogos estão entre as profissões menos prováveis a serem substituídas por serem cargos que envolvem, por exemplo, a empatia como sendo uma parte crucial do trabalho. Quer isto dizer que, apesar de atualmente a rápida inovação tecnológica requerer que se invista numa aprendizagem constante e que a tecnologia parece ser a área mais espectável para se investir, o senso comum pode revelar-se errado. Por outro lado, devemos desenvolver competências com as quais os robots não consigam competir. À já referida empatia juntamos a criatividade e capacidade de inovação, capacidade de supervisão e controlo do que é feito, a capacidade de supervisionar, coordenar e consertar o trabalho das máquinas será (pelo menos num futuro próximo) exclusivamente humano. Os empregos generalistas serão os mais afetados pelo crescimento e difusão das máquinas e, por isso, a hiperespecialização em nichos de conhecimento continua a ser considerada uma excelente aposta, dado que não irá compensar a invenção de um robot para fazer um trabalho demasiado especifico.

Resumindo, qualquer trabalho que requer inteligência, negociação e interação constante com os seres humanos será difícil de substituir. Mas se quer ficar a conhecer que profissões têm maior e menor risco de serem substituídas por robots consulte a ferramenta criada pela BBC onde estão reunidos dados estatísticos  recolhidos e analisados pela Universidade de Oxford e pela Deloitte. Fundamentalmente, a competência essencial para não ser destronado por um robot é muito simples: seja aquilo que ele não consegue mesmo ser... humano!