Imagine que vai às compras: Passa em frente à montra de uma loja e repara num fato elegante e bonito que está no manequim. Entra na loja com a intenção de comprá-lo e levá-lo para casa. Mas antes de pagar, decide experimentá-lo. E é aí, no provador, em frente ao espelho que se depara com uma realidade: Afinal o elegante fato da montra não assenta bem no seu corpo. Volta a pedir o mesmo fato, mas num número acima, com a esperança de que assim, com a roupa um pouco mais folgada, o fato lhe assente melhor. Mas acaba por perceber que aquele fato, por mais bonito que seja, não foi feito para si.
O episódio acima descrito pode ser perfeitamente transportado para o mundo dos investimentos. Podemos ir a um banco ou a uma sociedade gestora e vermos uma aplicação financeira que nos parece muito atrativa. Mas tal não significa que seja a mais adequada ao nosso perfil de investidor: Esta aplicação pode ter um nível de risco demasiado elevado do que aquele que queremos suportar, ou exigir da nossa parte conhecimentos financeiros complexos que não dominamos. Como tal, um produto financeiro que seja perfeito para o seu vizinho pode não ser o mais indicado para si. Por todas estas razões, antes de decidir onde vai aplicar o seu dinheiro é fundamental saber que tipo de investidor é. Veja então em qual dos seguintes perfis de investidor se enquadra melhor.
1. Investidor conservador:
Se para si a segurança é o principal requisito na hora de escolher um produto financeiro para aplicar o seu dinheiro, se não se importa de obter uma rentabilidade mais baixa nas suas aplicações, desde que elas tenham garantia de capital, então provavelmente é um investidor conservador, avesso a qualquer tipo de risco. Estes investidores privilegiam a aplicação das suas poupanças em depósitos a prazo, certificados de aforro e do tesouro e seguros com capital garantido. Uma característica destes investidores prende-se com o facto de gostarem de terem o seu dinheiro em aplicações de elevada liquidez, para o caso de necessitarem de resgatarem as suas poupanças de um momento para o outro. Leia também o artigo "Três motivos para não colocar o seu dinheiro debaixo do colchão".
2. Investidor equilibrado:
Estes investidores privilegiam as aplicações com capital garantido, mas estão predispostos a colocarem uma parcela das suas poupanças em instrumentos que envolvam algum risco (como fundos de investimento, ou mesmo ações), em troca de uma rentabilidade potencial mais atrativa. Por isso mesmo são investidores que estão dispostos a assumir um prazo mais longo nos seus investimentos para conseguirem acomodar uma oscilação negativa da rentabilidade das suas aplicações. Para saber como evoluem as suas poupanças consulte a "Calculadora: Quanto rendem os seus depósitos?"
3. Investidor agressivo:
São investidores mais sofisticados, dotados de conhecimentos mais profundos sobre o modo de funcionamento dos mercados financeiros e têm tempo e disponibilidade para acompanhar a evolução das suas carteiras de investimento. São investidores que não estão de todo satisfeitos com as rendibilidades geradas pela generalidade dos produtos de poupança disponíveis nos balcões dos bancos e procuram obter mais-valias acima da média do mercado. Para atingir os seus objetivos, investem em produtos com um nível de risco mais elevado, como sejam as ações, os fundos de ações, ou em instrumentos derivados, como os CFD (contracts for diferences). Estão conscientes que estes produtos financeiros podem implicar a perda parcial ou mesmo total do capital aplicado e estão preparados para assistirem a grandes oscilações na rentabilidade dos seus investimentos. Para saber mais detalhes, leia também o artigo "Oito passos para ser um investidor bem sucedido em ações".
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