Nas despesas rotineiras que temos mensalmente, os créditos podem ocupar uma fatia considerável do orçamento familiar. Assim de cabeça, pode-se lembrar do crédito habitação e do cartão de crédito, mas pode também ter outros créditos associados. Muitas famílias portuguesas podem ter vários créditos, como o automóvel, cartões de crédito ou crédito de alojamento para marcação de férias.
Assim, todos os meses tem uma mensalidade a cumprir que, se não for paga, poderá acrescentar juros, que podem ser mais dolorosos no seu pagamento.
Antes de contrair mais um crédito, deve olhar para o seu orçamento familiar e calcular a sua taxa de esforço.
A taxa de esforço é a relação entre as prestações financias / créditos que têm face ao rendimento mensal disponível. Este dado é importante calcular pois instituições bancárias e financeiras podem-no fazer por si, para perceber se lhe vão conceder o crédito ou não.
Esta taxa tem de estar adequada ao contexto familiar e orçamental de cada agregado, mas sugerimos que as despesas fixas não ultrapassem 50% do agregado. Como há despesas que não são créditos (utilidades, telecomunicações, seguros, entre outros), deverá ter cuidado para que os seus créditos não ultrapassem 30% ou 40% do seu orçamento mensal.
Como é usada a taxa de esforço?
Pode-se falar em taxa de esforço especialmente no crédito habitação, pois é uma forma de perceber qual o valor do imóvel que dada família poderá comprar.
Se, por exemplo, o agregado familiar com dois vencimentos é de 2000€, a prestação da casa não poderá ser superior a 600€, incluindo despesas de seguro de vida.
Como calcular a minha taxa de esforço?
A taxa de esforço deverá ser colocada da seguinte forma:
[Total de Prestações Financeiras / Rendimento do Agregado Familiar] x 100 = total em percentagem
Nas prestações financeiras, deve incluir créditos com o automóvel, cartões de crédito e outros. Poderá consultar as suas prestações financeiras no Mapa de Responsabilidade de Crédito, descarregando na área pessoal do Banco de Portugal.
Antes de se colocar em mais prestações financeiras, reveja o seu orçamento familiar, procure formas de poupança e consulte um especialista para o ajudar na gestão das finanças pessoais.
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