Angola vive em paz desde 2002, depois de quase 40 anos de guerras, registando um crescimento de cerca de 15% do PIB ao ano.

Com grande necessidade de reconstrução, o país contrata sobretudo engenheiros e arquitetos mas também especialistas em áreas financeiras, telecomunicações, restauração, comunicação social, médicos, dentistas e enfermeiros.

Segundo a informação que a Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas disponibiliza no seu site, estima-se que os portugueses em Angola rondem atualmente os 100.000, sendo a língua um dos principais fatores de atração. O país tem-se desenvolvido bastante nos últimos anos e sentem-se melhorias ao nível do comércio, hotelaria, saúde, rede viária e na organização interna.

Contudo, regista ainda muitas carências no que respeita ao saneamento básico, fornecimento de energia, água e transportes. Mas uma das maiores desvantagens de Angola é, sem dúvida, o elevado nível de vida. Luanda está identificada como uma das cidades mais caras do mundo, onde a dificuldade em arrendar casa com as mínimas condições de habitabilidade a preços aceitáveis é grande.

Uma pizza custa 20 €, um simples quarto de hotel pode custar cerca de 300 € e uma casa atinge facilmente os 7.000 €, agravado pelo facto de ser pedido, por norma, o pagamento adiantado de seis a 12 mensalidades. Já uma refeição média num restaurante de Luanda pode custar cerca de 30 € por pessoa.

Quanto à segurança, a Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas aconselha os emigrantes a terem o máximo cuidado com os seus pertences, a gradear portas e janelas, a não exibirem objetos de valor, a evitar levantamentos multibanco em locais pouco seguros e a não andar sozinho à noite.

Texto: Helena C. Peralta