Amealhar antecipadamente para umas férias é uma boa ideia. Poupar para a reforma deve ser uma prioridade. A educação superior dos filhos também deve estar na lista principal do aforro. Qualquer que seja o seu objetivo para o dinheiro economizado, o importante é ter uma estratégia. A Saber Viver compilou sete ideias que o vão ajudar a guardar até 50 mil euros na próxima década. Estas são as regras a seguir:
1. Comece a amealhar na casa
É na despesa de habitação que mais se pode poupar. Cerca de 29% dos orçamentos dos agregados familiares portugueses é digirido para a casa, mostra o último inquérito às famílias do Instituto Nacional de Estatística. A prestação do crédito à habitação é a primeira área a cortar. O mercado imobiliário português está a recuperar e os bancos começam a abrir a torneira do crédito. No entanto, um empréstimo hipotecário é das maiores decisões financeiras que se podem tomar ao longo da vida.
Mesmo que seja fiel ao seu banco de sempre, é importante sondar todos os bancos para encontrar o crédito mais barato. Em meados de agosto de 2015, uma família lisboeta, que apresentasse um rendimento anual bruto de 50 mil euros, ao procurar um crédito de 100 mil euros a 30 anos para comprar um apartamento de 150 mil euros receberia uma proposta de spread (a margem que o banco cobra sobre a taxa de juro de referência) de 3%. Porém, procurando um pouco mais, encontrariam na Caixa Geral de Depósitos uma solução mais económica.
Um spread de 2,35%, assumindo que estariam dispostos a domiciliar os vencimentos, a contratar cartões de débito e de crédito e seguros de vida e multirriscos e aderir à banca eletrónica e a débitos diretos. Se as taxas de juro se mantivessem estáveis nos próximos 10 anos, em vez de gastarem 55.299 euros no Banif, teriam encargos de 50.472 euros, poupariam 4.827 euros.
As famílias que já têm crédito devem continuar atentas ao mercado. Regra geral, se conseguirem transferir para um crédito com um spread 0,5% mais baixo, conseguem poupar dinheiro no prazo que resta ao crédito.
2. Liberte-se de energias negativas
Não é só na prestação da casa que se pode poupar. Os gastos energéticos são outro elemento em que é possível reduzir a fatura mensal. Trocar eletrodomésticos antigos e energeticamente ineficientes por aparelhos económicos permite poupar, pelo menos, um terço do consumo de eletricidade.
Uma família que gaste atualmente 66 euros por mês conseguirá baixar a despesa em 22 euros por mês. Ao fim de uma década, a poupança é de 2.640 euros. Esta estratégia acarreta um bónus adicional. As máquinas de lavar loiça e roupa mais recentes também permitem economizar na conta de água.
3. Conduza o seu carro para a poupança
Assim que sai do concessionário, um automóvel novo desvaloriza 20% a 25%. É por isso que o melhor negócio no mundo automóvel é comprar um usado recente e conduzi-lo até se desfazer. Em vez de gastar 30 mil euros num Mercedes Classe A 180 CDI por estrear, o segundo modelo mais vendido na primeira metade de 2015, consegue comprar um também na versão Style por cerca de 24 mil euros, com menos de 10 mil quiómetros e menos de um ano. A poupança é de seis mil euros.
4. Gaste apenas um quarto no seguro automóvel
A relação com a companhia de seguros não tem de ser para toda a vida. Antes da renovação do seguro automóvel faça um levantamento das propostas dos concorrentes. Por exemplo, em vez de pagar 411,24 euros por ano no seguro mais barato da Tranquilidade, uma condutora de 35 anos paga 103,35 euros na Direct por um Mercedes Classe A 180 CDI Style matriculado em fevereiro, de acordo com o levantamento efetuado em agosto. Assumindo a manutenção dos prémios, evita gastar 3.078,90 euros em 10 anos.
5. Dê gás ao seu automóvel
Quando comprar o seu carro novo ou usado recente, muitas condutoras nem ponderam na aquisição de um veículo a GPL ou bi-fuel, aqueles que combinam gasolina e GPL. No entanto, aos preços mais recentes dos combustíveis, o GPL é a melhor opção para conduzir a carteira a mais poupanças. Um Fiat 500 1.2 Lounge GPL custa mais 1.600 euros do que a versão exclusivamente a gasolina.
No entanto, assumindo os preços médios da gasolina 95 e do GPL em meados de agosto de 2015 (1,506 euros e 0,565 euros por litro, respetivamente), ao fim de 10 anos é possível poupar cerca de 7.200 euros em combustíveis. Este número resulta do consumo médio combinado anunciado pelo fabricante automóvel ao longo de 45 quilómetros diários na próxima década.
6. Fumar ajuda a poupar para a reforma… da pior maneira!
Se é fumador e não se quer preocupar com a poupança para a reforma, continue a fumar. Como se sabe, a esperança de vida é reduzida entre a população fumadora, o que pode reduzir a necessidade da constituição de um pé-de-meia de aposentação. Se, no entanto, quer estender a sua vida e as suas poupanças, deixe de fumar ou, pelo menos, diminua a frequência desse hábito.
Um maço de tabaco por dia representa uma despesa de 16.425 euros em 10 anos, assumindo um preço médio de 4,50 euros. Cortar no tabaco é o melhor negócio que pode fazer pela sua saúde e também pela saúde da sua carteira.
7. Mealheiro não é só para crianças
Se, no final de cada dia, esvaziar as moedas da sua carteira para um mealheiro, consegue poupar sem esforço. Ao encher um mealheiro cilíndrico de 1,5 litros (20 centímetros de altura por 10 de diâmetro) apenas com moedas de 50 cêntimos e um e de dois euros ao longo de um ano, acumulará aproximadamente 1.000 euros. Em 10 anos, consegue poupar 10.000 euros sem sentir impacto no seu dia a dia.
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