Para quem está na casa dos 30 é possível que já tenha pensado em comprar uma casa, um carro novo, tirar outra especialidade, entre tantos outros desejos.
Mas a vida é sobretudo feita de escolhas: umas que lhe põem dinheiro na carteira e outras que lhe tiram. Nem sempre é possível evitar situações inesperadas que forçosamente lhe custam dinheiro. No entanto, existem outras que poderá não ceder à tentação de forma a não comprometer a sua estabilidade financeira.
Eis seis escolhas que deverá evitar se está na casa dos 30.
1. Comprar um carro acima das possibilidades
É verdade que é bastante fácil ser tentado a comprar um carro novo, especialmente se estiver “farto” do seu veículo atual. Contudo, se tem como objetivo a sua independência financeira, comprar um carro novo poderá ser adicionar mais uma barreira para atingir essa meta. Lembre-se de que o valor comercial de um veículo tem uma queda bastante acentuada nos primeiros anos. Se a troca for mesmo necessária, aproveite a depreciação e compre um carro seminovo dentro das suas possibilidades.
2. Gastar demasiado na vida social
Apesar de ser fácil identificar rapidamente que as prestações da casa e do carro são as que consomem a maior fatia do rendimento mensal, se fizer uma pequena análise das suas despesas irá chegar à conclusão de que há pequenos gastos que, repetidos, podem ter um maior impacto no orçamento familiar.
É perfeitamente natural jantar fora e ter bons momentos de convívio entre amigos e família, mas deve estipular um orçamento também para isso, de forma a manter o controlo sobre os seus gastos. Considere o velho hábito de alocar uma certa quantia para jantar fora num envelope e não sair mais durante esse mês depois de esgotar esse dinheiro.
3. Possuir muitos créditos
Existem bons e maus créditos, mas ter muitos não é propriamente uma boa decisão. Muitos créditos podem aumentar a sua taxa de esforço e pode chegar à altura de não conseguir cumprir os encargos financeiros, caindo no sobre-endividamento. Além de estar a afastar-se do objetivo da sua independência financeira, estará a colocar-se numa situação bastante complicada de resolver.
Comece pelo básico: nunca compre aquilo que não consegue ou que terá dificuldade em pagar. Priorize apenas aquilo que realmente necessita e não ceda à publicidade agressiva a que está sujeito diariamente.
Se estiver numa situação em que tem demasiados créditos, então a sua prioridade de poupança deverá ser amortizá-los o quanto antes.
4. Comprar uma casa acima das possibilidades
Comprar uma casa com boas perspetivas de valorização pode ser um bom investimento. No entanto, não se pode esquecer dos custos e principalmente da dificuldade em mantê-la durante 30 anos, como hipotéticos cenários de aumentos de taxas de juro e spreads, desemprego ou problemas de saúde.
Quando decide comprar uma casa acima das suas possibilidades não deve utilizar grande parte das suas poupanças para o fazer. O ideal é preparar-se financeiramente para essa compra. Recorde-se que existe uma grande possibilidade em não ter dinheiro para futuras emergências ou até mesmo para cobrir uma situação de pequeno lazer.
Como alternativa, pode sempre optar por ficar atento às casas ccom um preço mais modesto ou esperar por momentos económicos menos favoráveis para usufruir da descida de preços das habitações.
5. Não ter um orçamento de casal
Pode parecer irónico, mas talvez se gaste mais numa vida a dois. Mesmo que seja extremamente poupado e cuidadoso na forma como gere o seu dinheiro, se a sua cara metade tiver hábitos dispendiosos, o orçamento familiar do casal pode sofrer alterações que não tem previstas. Se tal for o caso, é uma boa oportunidade para refletirem se os gastos adicionais compensam ou não a longo prazo e se fazem sentido.
É bastante tentador gastar o seu dinheiro em presentes ou viagens a locais paradisíacos mas não se esqueça de que se um parceiro gastar mais que outro sem que haja um orçamento familiar definido, tal pode causar conflitos no relacionamento.
A comunicação é essencial nestas situações, de forma a adaptarem os seus estilos de vida e não ser uma experiência desagradável para nenhuma das partes.
6. Não rentabilizar o dinheiro
Por último, a ausência de rentabilização da poupança é um ponto importante quando se trata de atingir a sua independência financeira. Mais do que ganhar e poupar dinheiro, deverá sempre pensar como rentabilizá-lo de forma a não ter que trabalhar ativamente por cada cêntimo que aufere.
Defina o seu perfil de investidor e tenha um misto de produtos no seu portefólio. Pode também contemplar produtos de capital garantido para ter uma poupança na altura da reforma.
Estas são algumas escolhas que deve fazer na casa dos 30 anos para cumprir os encargos financeiros e ter uma vida financeira mais saudável.
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