A prestação da casa representa uma das maiores fatias do orçamento familiar. Se não existisse esta despesa, a folga financeira de uma família seria muito maior. Contudo, para quem contraiu um empréstimo para comprar casa, não é possível eliminar esse encargo, mas, a boa notícia, é que é possível poupar (e bem) através de duas formas: reduzir a prestação ou reduzir o prazo do seu crédito habitação.
Na verdade, quando se faz um pedido de crédito habitação, não tem que ficar até ao fim do contrato no mesmo banco se encontrar melhores condições junto de outra entidade bancária. No final do 2.º ano contratual já pode transferi-lo e poupar milhares de euros.
Através desta transferência pode optar por reduzir a sua prestação mensal, onde vai conseguir poupar umas centenas de euros e ainda ganhar uma folga orçamental, ou pode optar por tornar o seu crédito habitação mais barato ao reduzir o prazo e, por consequência, pagar menos juros.
O primeiro passo é saber com exatidão o valor da prestação mensal do seu crédito habitação, a sua duração e as suas condições (incluindo o seguro de vida e multirriscos). Só depois é que deve analisar a sua situação financeira atual e refletir sobre qual o seu objetivo: ter uma folga mensal ou manter o valor da prestação e poupar muito nos juros que paga ao banco.
Para perceber melhor as vantagens e desvantagens de cada opção, vamos analisá-las individualmente.
1. Redução da prestação
A transferência do seu crédito habitação do banco atual para outra instituição apenas faz sentido se lhe apresentarem melhores condições para o seu caso. Essa melhoria pode passar por um spread mais baixo, por retirar produtos que não precisa ou reduzir os seus encargos com os seguros.
São estes “detalhes” que vão reduzir a sua prestação. Contudo, para isso, pode ser necessário aumentar o prazo do contrato. Ao aumentar o prazo vai acabar por pagar mais juros, logo, no final do contrato, poderá acabar por pagar mais pelo crédito habitação.
Ainda assim, esta é uma solução procurada por muitas famílias, uma vez que vai permitir uma folga orçamental imediata que poderá ser canalizada para pagar outras despesas ou reforçar a poupança monetária.
2. Redução do prazo
Se está confortável com o encargo que tem mensalmente com o seu crédito, poderá então optar por transferir o seu empréstimo para uma instituição que lhe dê condições mais atrativas e reduzir o prazo do financiamento. O que está a fazer é a manter os seus encargos atuais e a reduzir (e muito) o custo total do seu crédito.
Há situações em que a redução do prazo permite a redução de encargos no valor de milhares de euros. Claro, tudo dependerá do montante do empréstimo, bem como do número de meses “eliminados”.
Qual a melhor opção: reduzir a prestação ou o prazo?
Isso depende sempre de caso para caso, ou melhor, de carteira para carteira. O ideal é conseguir o crédito mais barato e reduzir o prazo. No entanto, a melhor opção passa por aquela que não compromete as suas finanças e que consegue uma folga orçamental, o que é possível através da redução da prestação.
Na verdade, tanto a diminuição do prazo como da prestação através da transferência de crédito, pode ser uma ótima solução para poupar dinheiro com o seu contrato. Uma vez que vai ter acesso a taxas de juro mais baixas, diminuir as prestações mensais e reduzir ou aumentar o tempo do empréstimo.
Em suma, a solução passa por se fazer contas e avaliar o que é mais benéfico para cada caso. E ter sempre presente que ao longo do contrato é possível ir procurando por melhores condições.
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