Nesta busca, colocamos objetivos, expetativas, prazos com o objetivo final de ser feliz, seja ligados a carreira, casamento, filhos, reforma, dinheiro.
Mas, apesar do esforço, a maioria das pessoas não se sente feliz. Vamos analisar as nossas palavras e atitudes:
- “Quando tiver o meu diploma sentir-me-ei feliz e realizado” – depois vem o desafio do mercado de trabalho, os relacionamentos profissionais, os que querem “dificultar” a vida, o talvez ter errado na profissão…
- “Quando casar e tiver filhos, sentir-me-ei feliz e realizada” – depois da cerimónia dispendiosa de conto de fadas, vem o desafio do relacionamento com o marido ou esposa e com os filhos…
- “Quando me reformar vou ser feliz” – nunca sabemos o dia de amanhã e problemas de saúde vão surgindo e a felicidade parece cada vez mais distante….e a solidão é cada vez mais a companheira do dia a dia.
Estas situações são apenas a capa do verdadeiro desafio e onde reside a felicidade: o relacionamento com os outros. Queremos que os outros nos façam sentir felizes, mas porque é tão complicado? Queremos ser amados, que nos aceitem como somos, que nos compreendam, que estejam sempre disponíveis, que nos valorizem, que não nos contrariem, que nos escutem e muito mais.
Aqui coloco duas questões: em primeiro lugar, faço isso comigo mesma? Amo-me? Respeito-me? Valorizo-me? Escuto-me? Em segundo lugar, tenho essa atitude com as outras pessoas que me rodeiam? Sou capaz de as amar como elas são? Respeito-as? Valorizo-as?
Em geral queremos que as pessoas nos respeitem e aceitem, mas queremos mudá-las, queremos que elas se comportem connosco do modo que nós achamos que é o correcto e o que nos faz feliz! Queremos que tenham o nosso ponto de vista e que digam e façam o que nós gostámos.
Há pessoas que dizem “ou estão por mim, ou contra mim”, não dando sequer direito aos outros de ter uma opinião própria sem que isso represente um acto hostil.
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O problema está sempre em nós, não no que os outros dizem, mas no modo como interpretámos e reagimos a isso.
Eu tenho que ser feliz comigo mesma e enquanto eu não me amar e estiver bem comigo, não poderei estar bem com os outros. Este é um princípio básico, no qual todas as relações estão alicerçadas ou não. Um homem e uma mulher que vivam alinhados com o seu Eu interior e o seu coração, vão ser companheiros um do outro em qualquer circunstância da vida, sem responsabilizar o parceiro pelo modo como se sentem e isto passa-se em todas as relações humanas, pais e filhos, irmãos, amigos, colegas de trabalho. Se a nossa felicidade e bem-estar estiver dependente das intenções ou dos comportamentos dos outros, ficámos presos numa armadilha letal, pois isto é algo que nem sequer podemos controlar.
O responsável da minha felicidade sou eu, o que os outros dizem e fazem que me magoa é apenas o gatilho que desperta as minhas memórias de dor presas no meu subconsciente e que precisam de ser resolvidas com perdão, com amor e com gratidão.
De facto cada pessoa que surge na minha vida traz uma bênção consigo, acrescenta sempre algo de positivo, mesmo que não consiga ver isso à primeira vista, pois além do amor, traz a oportunidade de limpar algo em mim que eu não tinha notado ou que preferia deixar bem guardado lá no fundo.
Quando temos que olhar as memórias do subconsciente, é um processo um pouco doloroso, mas liberta-nos profundamente. No tempo certo tudo surge para ser curado, basta confiar e aceitar que a Divindade tem tudo de melhor para nós, toda a abundância, toda a felicidade, toda a prosperidade.
O que se manifesta em todos os aspectos da nossa vida é um indicador das nossas crenças e pensamentos e correspondem às nossas experiências na vida. Estamos a viver um tempo especial em que podemos apreciar a beleza das nossas diferenças, partilhar com alegria a vida neste lindo planeta, resolver relacionamentos difíceis e especialmente ser felizes, pois é para isso que aqui estamos!
Namaste.
João Alexandre Rodrigues
Addiction Counselor
http://recuperarequeestaadar.blogspot.com
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