Quando inspiramos, a motivação não chega a ser tema, porque nasce uma vontade imperiosa de seguir quem inspira. Há toda uma conquista, há toda uma doçura que encanta quem ouve. As barreiras baixam. Os ruídos silenciam-se. A dificuldade de inspirar pode colocar-se ao início. Porque é mais difícil cativar para a conquista. Afinal de contas gostamos de julgar. De catalogar. e quem inspira contraria-nos. E surpreende-nos.

Quem inspira transpira verdade. Transpira intensidade. Tem uma espécie de luz que ilumina toda a sala. E tem uma boa 'história'. Um guião que é uma viagem. Que começa alinhada com o ponto que vamos descobrir. Como se caminhássemos rumo ao ponto mais alto, que vai estar sempre na nossa linha de visão, ao longo do caminho. E toda a história relata o caminho até chegarmos à vista imensa quando chegamos ao ponto alto. Esse é o momento em que tudo parece fazer sentido. Esse é o momento em que deixamos todas as peças da história se encaixem. Esse é o momento em que respiramos fundo e deixamos a história viver em nós. FOMOS E ESTAMOS INSPIRADOS!

E aquela verdade, aquela intensidade, aquela luz estão na história. fazem parte dela. Estão no adn de quem a conta. Arrepiam-nos. Sentimos as borboletas na nossa barriga.

O guião da história cumpre com estas sensações. Na verdade, dita-as. Lança-as. Naturalmente.

Se quer inspirar com a sua história, limpe-a de espinhas. Tire-lhe o acessório. Defina o caminho para aquela imagem inacreditável que se avista do alto da montanha. E não precisa de ser um caminho necessariamente linear. Mas as pedras mais desafiantes, os caminhos de água que refrescam, os momentos de calor e de quase exaustão, vão ter que lá estar.

Assim como a clareza: a mensagem tem de estar e ser óbvia. Seja claro com o que nos traz.

Está a ver-se a arrebatar a sua audiência na próxima intervenção?

Cláudia Nogueira

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