A adesão ao segundo dia da greve dos médicos é de 90%, o que reflete a falta de confiança destes profissionais nas políticas do Ministério da Saúde, revelou hoje a presidente da Federação Nacional de Médicos (FNAM).
O Bloco de Esquerda (BE) pediu esclarecimentos ao Ministério da Saúde sobre o Centro de Saúde em Montalegre, onde cinco dos sete médicos se podem reformar em 2024, uma situação que está a preocupar a população local.
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, defendeu hoje em Olhão, no Algarve, que a sua proposta de aumentos salariais dos médicos até 50% não pode ser desvalorizada, convidando-os a aproximarem-se da posição do Governo.
A adesão à greve dos médicos, em defesa da carreira médica e do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ronda os 85%, segundo o sindicato que convocou a paralisação, que fala em constrangimentos em cirurgias e consultas.
O ex-bastonário da Ordem dos Médicos Miguel Guimarães previu hoje que as negociações entre sindicatos e Governo “dificilmente chegarão a bom porto”, com base no aumento previsto para despesas com pessoal na proposta de Orçamento do Estado para 2024.
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) acusou hoje o ministro da Saúde de "empurrar o país para uma tragédia anunciada" com risco de mortes, e considerou que a proposta do Governo para aqueles profissionais está "cheia de desigualdades".
Os médicos iniciaram às 00:00 de hoje dois dias de greve e vão manifestar-se à tarde em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para que "a defesa da carreira médica e do SNS sejam uma realidade", segundo a federação sindical.
As estruturas representativas dos médicos reúnem-se hoje de emergência em Fórum Médico para discutir a atual crise nas urgências e as negociações com o Governo sobre salários e a carreira médica.
Médicos em Gaza alertaram que milhares de pessoas podem morrer se os hospitais, lotados com feridos, ficarem sem combustível e sem produtos essenciais.
O ministro da Saúde disse hoje que para haver acordo com os médicos “é preciso boa vontade das duas partes” e pediu “a todos sem exceção” que olhem para o “enorme valor” da proposta apresentada pelo Governo na quinta-feira.
O Ministério da Saúde volta hoje à mesa de negociações com os sindicatos representativos dos médicos, um mês depois da última ronda negocial que terminou sem acordo.
O Ministério da Saúde está "muito disponível" para se aproximar das reivindicações dos médicos e espera "a mesma disponibilidade" dos sindicatos para a reunião negocial prevista para quinta-feira à tarde, disse hoje o ministro Manuel Pizarro.
A Federação Nacional dos Médicos advertiu hoje que ainda aguarda um pedido de reunião da tutela para trabalhar com “seriedade e urgência” o problema no SNS, acusando o Governo de estar a tentar “humilhar e ofender” os profissionais.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) vai prolongar a paralisação à prestação de trabalho suplementar até às 24:00 do próximo dia 24 de novembro, devido à “incompreensível e desrespeitosa proposta” apresentada pelo Governo.
Os serviços de urgência dos hospitais de Barcelos, Caldas da Rainha, Chaves, Guarda, Santarém e Tomar já enfrentaram encerramentos devido à indisponibilidade dos médicos para fazer horas extraordinárias além das obrigatórias, anunciou hoje a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) apelou hoje ao bom senso do Governo para resolver a crise de falta de médicos em hospitais como o de Santarém, onde estima que a situação vá agravar-se em novembro.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apelou hoje aos clínicos para avisarem com 30 dias de antecedência da indisponibilidade para fazer horas extraordinárias, além das 150 obrigatórias por ano.
Dezenas de médicos do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, mostraram-se indisponíveis para fazer mais do que as 150 horas suplementares obrigatórias, revelou hoje o diretor clínico, admitindo "preocupação" mas também "confiança".
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, apela ao “sentido de responsabilidade” de todos os intervenientes e pede que médicos e Ministério da Saúde “façam tréguas e dialoguem” em nome da saúde dos cidadãos.
O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, mostrou-se hoje preocupado com a recusa de muitos médicos em fazer horas extraordinárias, considerando que essa ação pode colocar em causa a resposta aos utentes, que não têm alternativas.
As reclamações enviadas à Entidade Reguladora da Saúde (ERS) aumentaram 17% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2022, enquanto os elogios aumentaram 45%, foi hoje revelado.
O segundo e último dia da greve dos médicos de Lisboa e Vale do Tejo registou até às 09:30 uma adesão de 90% nos blocos operatórios e nos centros de saúde, disse à Lusa fonte sindical.
A adesão à greve dos médicos de Lisboa e Vale do Tejo, que teve início às 00:00 de hoje, estava às 08:30 a ser "muito forte", estando apenas a serem cumpridos os serviços mínimos, segundo fonte sindical.