Os produtos de protecção solar têm novas regras. Para que a sua pele fique (ainda) mais protegida!

A União Europeia queria os rótulos dos produtos de protecção solar mais objectivos e obrigou as marcas a uniformizar as embalagens destes cosméticos, para melhorar a informação relativa ao modo de aplicação dos mesmos e aumentar o alerta
sobre os perigos da exposição solar.

O documento aprovado pela UE data de 2006 e tem o estatuto de recomendação, mas obrigatoriamente todos os estados-membros deverão respeitá-lo.

Fórmulas melhoradas

Para que os protectores contenham uma protecção efectiva contra os danos solares, a Comissão Europeia defende que todas as fórmulas, sem excepção, devem
proteger não só contra os raios UVB (principais responsáveis pelas queimaduras
solares e cancro cutâneo) como também contra os raios UVA (igualmente responsáveis pelo cancro da pele e envelhecimento cutâneo prematuro).

Por outro lado, visto nem a fórmula mais completa poder garantir uma protecção integral contra os raios ultravioleta, as embalagens não deverão conter designações erróneas como «ecrã total» ou «protecção total». Mais, para que um produto seja considerado protector solar deve conter, no mínimo, uma protecção de nível seis contra os UVB. O filtro contra os UVA deverá equivaler a um terço da protecção total do produto.

Fim aos índices de protecção

As referências quanto à eficácia destes cosméticos devem ser simples, claras e uniformes de forma a permitir ao consumidor comparar os produtos e escolher o mais adequado a cada tipo de pele. Por considerar que os índices de protecção
solar utilizados não servem o objectivo de clareza exigido, a Comissão Europeia propôs a substituição dos índices numéricos pelas categorias «fraca», «média», «alta» e «muito alta».

Segundo o comunicado europeu, os factores de protecção Solar (FPS) induzem os consumidores em erro. «Um produto com FPS 30 parece proteger duas vezes melhor que um de FPS 15. No entanto, este absorve 93 por cento dos raios UVB, enquanto o primeiro absorve 97 por cento das radiações. Por último, os FPS superiores a 50 não aumentam substancialmente a protecção solar».

Numa primeira fase, as novas categorias deverão ter pelo menos a mesma visibilidade que os FPS, prevendo-se que, a prazo, estes venham a desaparecer por completo.

Embalagens mais informativas

A Comissão Europeia pediu ainda aos fabricantes rótulos mais informativos, nomeadamente quanto às precauções e riscos associados à exposição solar e a inclusão de instruções claras quanto ao modo de utilização. Assim, passaram a surgir nas embalagens avisos como:

  • «Não se exponha demasiado ao sol mesmo utilizando um
    produto de protecção solar»
  • «Não exponha bebés e crianças pequenas directamente
    ao sol»
  • «A exposição solar excessiva constitui uma séria ameaça
    à saúde humana»
  • «Aplique o protector solar antes de se expor ao sol»
  • «Renove a aplicação regularmente, sobretudo se transpirou,
    molhou ou limpou com a toalha»
  • «Atenção, ao reduzir a quantidade de produto aplicado
    diminui consideravelmente o nível de protecção»