Os sistemas de reconhecimento baseados nos dados provenientes da íris ou da retina recorrem a uma luz com um comprimento de onda próximo da radiação infravermelha. É o mesmo tipo de radiação utilizado, por exemplo, nos sistemas de visão noturna. «Este tipo de radiação não tem energia suficiente para causar um efeito fotoquímico», assegura Luís Gouveia Andrade, médico oftalmologista no Hospital Cuf Infante Santo, em Lisboa.
«Como tal, o principal risco seria o seu efeito térmico», adverte. «O modo como esta energia é utilizada nestes sistemas foi concebido para tornar o risco de lesão ocular extremamente remoto», acrescenta o especialista.
«Contudo, a resposta a esta questão só poderá ser dada daqui a muitos anos, quando existir um volume de informação suficiente e quando forem realizados estudos que avaliem especificamente esses efeitos», refere ainda o médico oftalmologista.
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