O sangue que alimenta os tecidos tanto os pode contaminar, como pode ter a capacidade de os rejuvenescer. Pelo que, ter um “mau sangue” é sinónimo de cansaço, de uma pele descorada e madura ou com borbulhas, de toxinas nos tecidos, de excesso de resíduos na circulação de retorno (colesterol, triglicéridos, açucares, etc.).
Este quadro, que pode conduzir à doença, não é provocado pela idade da pessoa, mas pelos seus maus hábitos quotidianos e à má utilização do sangue pelo organismo. Ter uma boa circulação é funcionar bem, ter uma pele luminosa, um olhar brilhante, estar em forma, ter entusiasmo, eliminar bem, ter um bom trânsito intestinal, saber relaxar-se, descansar, pensar e agir positivamente.
Este círculo, que conserva e rejuvenesce todos os tecidos e que promove a resistência, é perfeitamente compatível com a idade avançada, uma vez que depende da capacidade do organismo e da boa utilização quotidiana do sangue.
A dieta de Roy Walford mostrou-nos que um corpo que esteja numa condição ótima de boa utilização do sangue desde a nascença, sem fatores nocivos (como o excesso de tabaco, álcool, açúcar, má alimentação, falta de exercício físico, falta de respiração, entre outros), poderia funcionar bem durante 120 anos. Isto significa que, de acordo com o modo de vida quotidiano, pode ser-se mais bela e mais nova aos 55 anos que aos 35.
O verdadeiro rejuvenescimento, o rejuvenescimento natural, que consiste no melhor funcionamento de um órgão, na melhor drenagem de um tecido, na melhor hidratação, na melhor alimentação, no ser e agir positivamente, é recarregarmo-nos com os instrumentos naturais que estão à nossa disposição: será a beleza de amanhã.
O outro rejuvenescimento, aquele de síntese, que consiste na supressão, na substituição dos órgãos em mau estado e dos tecidos defeituosos, por ato cirúrgico ou médico-estético, na inibição de toda a manifestação de defesa do corpo (febre, emunctórios) e no preferir a má alimentação controlada cientificamente.
Os instrumentos para conseguir a beleza estão e estiveram à nossa disposição desde sempre, são eles a:
- Alimentação
- Respiração
- Ginástica e estiramento dos tecidos e das emoções
Tudo o que comemos, bebemos, respiramos, penetra nos nossos tubos digestivos e respiratórios antes de atingir o sangue, que será, ele mesmo, conteúdo dos nossos tubos vasculares, antes de ir alimentar os tecidos e os órgãos e de regressar cheio de toxinas por outros tubos vasculares até aos rins, para deixar sair do corpo, através de urinas escuras, as toxinas que nós fabricamos.
O tubo digestivo, cujo primeiro papel é o transporte dos alimentos de cima a baixo do tubo, vai decidir uma boa ou menos boa assimilação. Deste modo é o trânsito que prima sobre a assimilação. O princípio do Método Adamski é o de assegurar o bom funcionamento das duas tubagens, digestiva e circulatória, que asseguram o papel do transporte dos alimentos, do sangue e das toxinas.
Este método global comporta duas técnicas manuais que se completam (a primeira atua ao nível do trânsito intestinal; a segunda visa acelerar a circulação arterial):
- Técnica em 5 pontos sobre o abdómen que desbloqueia o duodeno, o intestino delgado e os rins.
- Técnica em 6 pontos sobre as artérias das pernas, que vai acelerar a circulação arterial, melhorar a irrigação dos tecidos e acelerar, e por consequência, o retorno venoso e linfático.
Saiba tudo sobre o Stretching das Artérias na próxima página
O 2º nível do método Adamski incide no alongamento das artérias de modo a conseguir uma melhoria da circulação venosa e linfática. O Stretching das Artérias trabalha em 6 pontos específicos e promove a aceleração sanguínea utilizando as duas propriedades do tubo vascular (da artéria): a elasticidade e a resistência.
São a elasticidade e a resistência da parede da artéria que permitem o fluxo constante, enquanto que as contrações cardíacas propulsionam o sangue em fluxos. A energia acumulada durante a contração cardíaca é transmitida aos tecidos elásticos que, por sua vez, a propaga como energia cinética.
As artérias são distensíveis pela sua estrutura: a média dos grandes vasos, quando funciona mal, perde a sua flexibilidade arterial resultando no envelhecimento, na acumulação de gordura nas veias, nos problemas de pernas cansadas, de pele áspera, de cor cinzenta, entre outros, porque o sangue irriga mal os tecidos.
O fluxo sanguíneo é caracterizado pelo estiramento das paredes através do aumento da pressão que leva a uma resposta contractiva das veias lisas da média, diminuindo o diâmetro e aumentando a resistência dos vasos. Com esta técnica vamos exagerar esta ação provocando um alongamento das artérias.
É necessário visualizar um elástico que deformamos ao exercer uma tração no sentido do comprimento, e é esta tração, deformação, que vai provocar uma resposta de propulsão do sangue através da diminuição do diâmetro da artéria e o aumento da sua resistência.
Ao longo dos 6 pontos propulsiona-se o fluxo sanguíneo arterial em direção ao pé. Assim que o sangue arterial atinge o pé, ele regressa às pernas pelos “tubos” venosos e linfáticos. O alongamento das artérias será, então, uma técnica de escolha preliminar sobre as outras técnicas de fluxo venoso e linfático: massagem, drenagem dos tecidos ou pressoterapia.
O efeito de todos estes cuidados será potenciado e dinamizado se for aplicada antes a técnica de Stretching das Artérias”. Esta aceleração do fluxo arterial nas pernas não tem quaisquer contraindicações relativamente a problemas cardíacos. O ponto de partida situa-se sobre o abdómen; o ponto nº 5 intestino delgado-rim, com a sua pulsologia, que é necessário sincronizar com o ponto nº 1 das pernas.
1. Artéria femoral
2. Artéria femoral superficial
3. Artéria do popliteo
4. Artéria tibial posterior
5. Artéria plantar interior
6. Artéria plantar exterior
As conexões efetuam-se duas a duas, descendo em direção ao pé, mantendo sempre o contacto com a artéria. Este protocolo, que tem a duração de 10 minutos, pode e deve ser realizado antes dos cuidados habituais com o corpo em qualquer tratamento estético. Isto porque irá potenciar os resultados.
Fotografia: © BVDC - Fotolia.com
Agradecimentos: Franck L. Adamski, cinesiterapeuta, osteopata, naturopata e reflexólogo
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