Existem descrições da doença desde meados do século XIX, mas só no final da década de 70 foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde.
A incidência da doença na população mundial é de cerca de 2% a 8%, dependendo dos países e nível cultural das populações sendo que na maioria dos casos – 80% a 90% – são mulheres com idades entre os 30 e os 50 anos.
Os sintomas mais frequentes são:
- Queixas de dor persistente, inespecífica em 11 de 18 pontos pré-definidos;
- Dor com uma duração superior a 3 meses sem causa aparente;
- Cansaço ao acordar e uma fadiga extrema durante o dia, não justificável;
- Falta de concentração e alguns episódios de desmemoriação;
- Pode haver depressão em cerca de 1/3 dos casos.
Causas da fibromialgia
O doente não reconhece uma causa definida para a dor persistente, mas sabe-se que pode estar relacionada com um evento traumático passado, físico ou psicológico.
Independentemente do que se venha a descobrir sobre a origem desta síndrome, quem sofre reconhece-a bem e sente que, por vezes, a maior dificuldade é ser levado a sério nas suas queixas, quando apresenta exames e análises com valores normais.
Diagnóstico
Não existem exames de diagnóstico para a fibromialgia a não ser o exame clínico, embora devam ser efetuados outros exames para se excluírem outras patologias de foro reumatológico, doenças autoimunes ou hipotiroidismo, por exemplo.
As oscilações de humor, fadiga, dor e perturbações do sono estão quase sempre presentes.
Tratamento da Dor
O tratamento da dor nestes doentes deve sempre ter uma perspectiva multimodal, ou seja intervir em várias vertentes, nomeadamente, ao nível do exercício que é essencial para estes doentes, a alimentação, o equilíbrio psicológico.
Ao nível de medicação, deve-se evitar a introdução de anti-inflamatórios de forma sistemática, a não ser em situações esporádicas e agudas. Outros fármacos que introduzimos de forma sistemática são os anticonvulsivantes, determinados antidepressivos, analgésicos não-AINES, relaxantes musculares, etc.
Outra estratégia que temos usado recentemente é a ozonoterapia, que pela sua capacidade anti inflamatória reduz os sintomas da doença.
As explicações são do médico Armando Barbosa, especialista em Anestesiologia e em Medicina da Dor, nas Clínicas PainCare.
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