O termo afogamento significa paragem cardiorrespiratória num fluído, geralmente a água. A primeira consequência é a paragem ventilatória, seguindo-se a paragem cardíaca. As piscinas públicas portuguesas são obrigadas a ter um regulamento de segurança mas, na verdade, nem sempre existe. Nas piscinas privadas e no mar, a prevenção é mesmo a melhor forma de agir, como alerta a Escola de Socorrismo da Cruz Vermelha Portuguesa.
Como prevenir
Nas praias, cumpra a sinalização e siga as recomendações do nadador-salvador. Tão simples quanto isto! Evite as praias sem vigilância, não se afaste muito da costa e evite as correntes.
Vigie o seu filho durante o banho ou enquanto está a brincar perto de piscinas, lagos ou tanques de rega. Quando as crianças são pequenas, basta uma pequena quantidade de água e um curto intervalo de tempo para se afogarem, isto porque têm a cabeça proporcionalmente maior e mais pesada em relação ao restante corpo.
Como agir em caso de acidente
Se vai socorrer uma vítima de afogamento, deve executar, de imediato, manobras de reanimação. Se for possível, siga os passos recomendados pelo protocolo de suporte básico de vida:
1. Garanta condições de segurança para não colocar a sua própria vida em perigo. No caso de se juntarem várias pessoas, é fundamental que deixem algum espaço em redor da vítima, facilitando o processo de intervenção de quem a estiver a tentar salvar.
2. Verifique o estado de consciência, abanando os ombros da vítima com cuidado e perguntando se está bem. Se a vítima não reagir, procure ajuda.
3. Abra as vias aéreas. Uma vítima inconsciente tem os músculos relaxados, isto faz com que a língua obstrua a via aérea. O risco pode ser eliminado ao inclinar cuidadosamente a cabeça para trás e levantar o queixo.
4. Verifique a ventilação, procurando ver se a vítima vê, ouve e sente, durante 10 segundos. Verifique se o tórax se move para cima e para baixo, tente ouvir e sentir a ventilação da vítima na sua face. Se a vítima não responder e não estiver a ventilar normalmente, contacte o 112 e inicie, de imediato, manobras de reanimação.
5. Faça 30 compressões torácicas e duas insuflações, vá alternando as 30 compressões com duas insuflações. Mantenha as manobras de reanimação na vítima até à chegada de pessoal qualificado que tome conta da situação ou até a vítima começar a ventilar normalmente.
Os erros mais frequentes que os especialistas apontam
1. Não cumprir o tempo adequado para a digestão, uma vez que muitos afogamentos são causados pelo desrespeito pelo período do processo digestivo.
2. Tentar remover a água aspirada pela via aérea por outros meios que não um aspirador de secreções.
3. Entrar em pânico e não saber como agir. Algumas pessoas tendem a entrar de imediato na água, colocando-se a elas próprias em perigo.
4. Desvalorizar o perigo. Muitas pessoas arriscam a ir a banhos em praias e/ou piscinas sem vigilância. Muitas entram no mar em zonas em desconhecem e que, apesar de uma aparência por vezes inofensiva, escondem correntes perigosas.
5. Qualquer pessoa vítima de afogamento deve ser conduzida ao hospital, o que nem sempre sucede.
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