Sem grandes complicações, pode adoptar uma série de comportamentos simples que a vão ajudar a perder aqueles quilos que tanto a arreliam, aumentando simultâneamente a sua qualidade de vida.
Teresa Branco, especialista em fisiologia do controlo de peso, explica-lhe como: «Defina as estratégias a adoptar para a perda de peso e escreva tudo num caderno». Este plano pode incluir, por exemplo, ir quatro vezes ao ginásio durante essa semana, fazer seis refeições por dia, reduzindo as doses para metade, não comer um único doce ou frito.
Ao longo do dia faça um registo detalhado de tudo o que come e da actividade física que pratica, fazendo também a contagem das calorias consumidas e do dispêndio energético. «O que é expectável é que ao fim de uma semana o quilo a mais desapareça, uma vez que ao tomarmos maior consciência do que comemos face à actividade física que exercemos, alteramos os hábitos de imediato», diz.
Inove na cozinha
Abandone o hábito de cozer peixes e mariscos em água a ferver e siga o conselho do chefe de cozinha Hélio Loureiro: «Proponho escalfar em vez de cozer».
«Mergulhe o peixe, o bacalhau ou o marisco em água a ferver e apague o lume assim que levantar fervura, deixando-o repousar durante dez minutos. Desta forma, obterá uma cozedura perfeita e o peixe, ficará mais suculento», assegura.
Não tema as leguminosas
Ao contrário do que se pensa este grupo de alimentos como, o grão, a ervilha e os vários tipos de feijão, não só não engordam, como «possuem glícidos de baixo índice glicémico, que ao normalizar os níveis de glicose no sangue, dão uma sensação de saciedade (muito útil nas dietas de emagrecimento)», refere Cláudia Viegas, dietista.
«São também ricos em fibra, contribuindo para o bom funcionamento do trânsito intestinal, e uma boa fonte de proteínas vegetais (evitando ter como fonte exclusiva os alimentos de origem animal, normalmente ricos em gordura)», acrescenta.
Troque de galheteiro
«As novas embalagens de azeite com spray são uma boa opção para temperar os pratos, evitando o uso excessivo de gordura», sugere Cláudia Viegas, dietista.
Faça a pirâmide invertida
Não, não lhe estamos a pedir que faça malabarismos, mas sim que programe as refeições em função de um esquema de «pirâmide invertida», reduzindo a ingestão de alimentos ao longo do dia, como sugere Eunice Costa, nutricionista.
«Segundo alguns estudos, a sabedoria popular está certa: pequeno-almoço de rei, almoço de príncipe e jantar de pobre. Faça seis a sete refeições diárias, evitando intervalos superiores a três horas», explica.
Veja na página seguinte: Os condimentos e a louça que deve usar para... perder peso!
Reveja hábitos antigos
Identifique os seus «hábitos-ponte» e substitua-os: «Se por exemplo toma um café após as refeições e automaticamente isto lhe produz o desejo de comer um cremoso pastel de nata, modifique o hábito-ponte da chávena de café para evitar as tentações», aconselha Eunice Costa, nutricionista.
Aposte em condimentos light
Limite o consumo de gordura e sal (responsáveis pelo aumento de peso e retenção de líquidos), seguindo a dica da nutricionista Eunice Costa: «substitua o sal por sumo de limão natural; empregue a erva-doce ou o vinagre de sidra em pratos de verduras; o caril para dar sabor ao arroz; o tomilho e o louro para as leguminosas; o tomate natural, o azeite ou o óleo de gérmen de milho para as massas».
Mude de prato
«Comer em pratos de dimensões mais reduzidas, como os de sobremesa, dá a sensação que ingere mais, mas na prática irá servir-se de uma menor quantidade. Tenha o cuidado de se servir primeiro dos legumes e das saladas», recomenda Patrícia Almeida Nunes, dietista.
Não despreze o pão
Se pretente perder peso não deixe de comer este farináceo. O seu consumo moderado promove saciedade e controla a fome. «Se o substituir pelas bolachas, poderá estar a cometer um erro», alerta a dietista Patrícia Almeida Nunes.
Não embarque em dietas loucas
Os planos de emagrecimento muito restritivos acabam por ser dietas de envelhecimento, como explica Luís Romariz, especialista em Medicina Preventiva: «Perde-se mais músculo e água do que gordura. Isto causa um défice de hormona do crescimento, que é a nossa hormona do rejuvenescimento».
Texto: Vanda Oliveira com Teresa Branco (especialista em fisiologia do controlo de peso), Cláudia Viegas (dietista), Hélio Loureiro (chef de cozinha), Eunice Costa (nutricionista), Patrícia Almeida Nunes (dietista) e Luís Romariz (especialista em Medicina Preventiva).
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