«Foi um esforço que valeu a pena!», afirma. É desta forma que Filipa Antunes, designer de 27 anos, resume a sua experiência com a operação detox que foi desafiada a fazer depois de comprar uma das edições da revista feminina. Um programa, elaborado pelo cardiologista e defensor da medicina integrativa Alejandro Junger, que tem como objetivo principal devolver ao corpo a sua capacidade natural de autocura. Fazer uma dieta saudável, praticar exercício físico, evitar os químicos e ouvir o corpo, são os passos necessários para «limpar» o organismo em apenas três semanas.
Excesso de peso, fadiga, dores de cabeça e de articulações, falta de energia e mal-estar geral foram as razões que levaram Filipa Antunes a iniciar este programa, que pode ficar a conhecer mais em pormenor neste artigo. «Já há algum tempo que queria fazer uma mudança e tinha curiosidade em saber se aguentaria sem ingerir alguns alimentos de que gosto como as massas, o pão ou o café e também se isso se ia refletir no peso e no meu bem-estar», afirma.
Combater as toxinas
Fazendo apenas três refeições diárias, a designer tinha como missão evitar a comida processada e optar por alimentos orgânicos. A meditação também fez parte da rotina. De acordo com o especialista Alejandro Junger, o relaxamento favorece o processo de autocura, por isso, Filipa Antunes «fazia alguns exercícios de respiração e thai chi antes de dormir».
Durante a primeira semana, conta, não conseguiu fazer exercício físico regularmente. «Sentia-me muito cansada, com sono e sem energia [como consequência das alterações alimentares]», revela. «Depois da semana de adaptação, voltei a sentir-me melhor e regressei ao ginásio», refere.
Menu alternativo
Na primeira semana o seu plano alimentar foi muito específico. «De manhã, bebia um batido com leite de coco ou um sumo natural espesso com vários frutos, que continuo a tomar, aliás. A meio da manhã comia frutos secos, ao almoço carne ou peixe com arroz integral e saladas. Às vezes também cozinhava pratos vegetarianos com lentilhas e legumes», revela.
«Durante a tarde tentava variar entre a fruta fresca, como mirtilos e framboesas, e os frutos secos», acrescenta ainda. O fim do dia era o momento mais difícil. «Depois de um dia de trabalho, ingerir apenas um batido era complicado. Sentia que não tinha jantado o suficiente», explica.
Experiência positiva
Tal como o cardiologista aconselha «a transição foi feita de forma gradual», assegura a designer. A partir da quarta semana, «fui reintroduzindo os alimentos proibidos, mas continuei com os hábitos saudáveis», explica.
«Habituei-me a comer fruta e vegetais todos os dias. Relativamente às enxaquecas, que tinha com frequência, agora são menos fortes e mais raras», afiança Filipa Antunes. Neste período, conseguiu perder três quilos, mas o resultado positivo continua. «Sinto-me bem e estou mais consciente do que é uma alimentação saudável», conta.
Texto: Claúdia Vale da Silva
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