Sabia que as mulheres japonesas têm muito menos cancro de mama que as mulheres americanas? Todavia quando as japonesas emigram para os Estados Unidos, a partir da 2ª geração, o risco de desenvolver cancro de mama torna-se igual ao das americanas.

Estas circunstâncias comprovam a importância do comportamento alimentar, pois a herança genética não se alterou e em termos de poluição, os dois países não são tão diferentes quanto isso um do outro. Observa-se nestas circunstâncias que as mulheres japonesas diminuíram o consumo de peixe, de arroz, de fruta e de legumes, enquanto aumentaram o consumo de carne, alimentos processados e de todas as formas de gordura e doces na sua alimentação.

Os nossos comportamentos alimentares são responsáveis por um bom número de cancros que desenvolvemos.

Coloca-se assim a questão de como reduzir o risco de cancro com auxílio da alimentação?

Apesar de hoje em dia existirem opiniões que acreditam que a supressão total de um alimentos ou o aumento do consumo de outro no nosso padrão alimentar, podem evitar certos tipos de cancro, tenho uma opinião oposta. Nem todos digerimos os alimentos da mesma forma e se fosse assim tão simples, não morriam tantas pessoas vítimas desta doença. Para se analisar se o padrão alimentar é adequado para determinada pessoa, há que analisar a origem dos alimentos que consome, como são preparados e cozinhados, qual a quantidade que ingere do mesmo alimento e com o que acompanha o mesmo, bem como a sua idade, as suas necessidades, o seu sexo e o seu metabolismo.

Como o alimento é ingerido, absorvido, metabolizado, distribuído pelo organismo e excretado também deve ser tido em conta. Só assim poderemos optimizar o impacto que a alimentação tem nesta doença.Sabendo que cerca de 1/3 dos cancros estão de forma directa ou indirecta relacionados com a nossa alimentação, existem várias mudanças simples que podem ser feitas, mas que possuam um grande impacto.

Comece a fazer pequenas mudanças no seu estilo de vida. Quanto mais cedo melhor.

Dra. Joana Pinheiro

(nutricionista)