Os dados nacionais de um novo estudo europeu focado na obesidade infantil, verifica-se que estão a ocorrer enormes alterações no padrão alimentar e ofertas existentes nas escolas, todavia quando analisando em casa destes jovens muito ainda há a fazer. Os alimentos mais consumidos pelos mais jovens continuam a ser aqueles menos aconselhados (ex.: refrigerantes, batatas fritas, pizzas), enquanto que os alimentos que deveriam existir em maior proporção encontra-se nas últimas preferências de ingestão (ex.: fruta fresca e sopa).
Segundo os dados recolhidos neste programa de vigilância nutricional infantil, em Portugal das 3812 crianças observadas entre 2007 e 2008, dos seis aos nove anos e segundo os critérios da OMS, 37,8% destes jovens têm excesso de peso e 15,2% são obesos.
Apesar de haver uma maior oferta de alimentos saudáveis pelas escolas, com promoção de hábitos saudáveis, ainda se verificam padrões alimentares menos aconselháveis em casa, tais como o consumo regular de refrigerantes em detrimento da água. O que se passa fora da escola é da responsabilidade dos pais e dessa forma é crucial que se prolongue para casa todo o trabalho de educação alimentar promovido no ambiente escolar. É preciso investir na escolha e aquisição de alimentos saudáveis, optar por confeções com pouca gordura saturada e ter à disposição em casa maioritariamente alimentos saudáveis (ex.: iogurte).
Afinal de contas, a saúde dos jovens depende essencialmente do apoio e cuidado dos pais.
Dra. Joana Pinheiro
(nutricionista)
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