O consumo de hidratos de carbono pode ter sido fundamental na evolução do cérebro humano.

Talvez tenha até sido uma parte vital da dieta do paleolítico, particularmente em forma de amidos, sendo crucial para a evolução do cérebro humano, nos últimos milhões de anos, é o que sugere uma equipa de cientistas.

Esta equipa de cientistas baseou-se no facto do cérebro usar até 25% da energia do corpo e 60% de glucose sanguínea.

Apesar do corpo conseguir sintetizar glucose de outras fontes, não é a mais eficiente. Em condições onde existe uma elevada necessidade de glucose, muito provavelmente não seria possível consolidar com uma alimentação reduzida em hidratos de carbono.

Os cientistas exemplificam que, em caso de gravidez e lactação, existe um aumento da utilização de glucose. Se esse aumento não for consolidado, pode causar um nível baixo de glucose, levando a problemas tanto para a mãe como para o feto.

Suspeita-se que o cozinhar dos alimentos, permitiu um desenvolvimento nas enzimas responsáveis pela absorção dos amidos, gerando uma maior absorção de glucose pelo cérebro, para as células vermelhas e para os fetos.

Provavelmente sem cozinhar os alimentos nunca teriam sido alcançadas as necessidades de glucose do corpo humano.

Comer carne pode ter sido o fator responsável para que o nosso cérebro se desenvolvesse mais, no entanto, cozinhar os amidos teve um papel fundamental para ficarmos mais inteligentes”. Dizem os cientistas.

Devido ao elevado número de pessoas a sofrerem de obesidade e doenças metabólicas, a dieta do paleolítico tem sido de bastante interesse, no entanto o consumo de hidratos de carbono proveniente de plantas ricas em amidos, aparenta ter sido negligenciado, afirmam os investigadores.