
Num estudo feito para a Federação Europeia dos Transportes e Ambiente, a que a Zero pertence, analisam-se resultados da Bélgica, Polónia, Suécia, Hungria, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália e Espanha.
Em média, dos 500 inquiridos em setembro, 66% estão a favor de restringir o acesso aos centros das cidades a automóveis com altas emissões poluentes, enquanto 68% declaram ser "altamente improvável" virem a comprar um carro a gasóleo.
Níveis de poluição prejudiciais
Em todos os países, mais de metade dos inquiridos apoia zonas de emissões reduzidas nas cidades, destacando-se a Hungria (77%), Itália (74%), Grã-Bretanha (73%). O número mais baixo regista-se na Alemanha, onde o apoio atinge 57%. Dos inquiridos, só 10% se opõe fortemente a esse tipo de zonas.
A Zero salienta que "98% da população que vive nas cidades europeias está exposta a níveis de poluição prejudiciais para a saúde" e que os veículos a gasóleo são a principal fonte de dióxido de azoto".
79 mil mortes prematuras
Segundo o último relatório da Agência Europeia do Ambiente divulgado esta semana, a exposição ao NO2 causou a morte prematura de cerca de 79.000 pessoas em 41 países europeus em 2015. Só em Portugal, ocorreram 890 mortes prematuras devido à exposição a este poluente", indica a associação.
Para a Zero, estes números devem levar mais cidades portuguesas a adotar zonas livres de emissões poluentes, apontando que só existem em Lisboa.
"As Zonas de Emissões Reduzidas são a forma mais rápida e eficaz de reduzir os níveis de poluição provenientes do tráfego rodoviário e esta medida poderia beneficiar as cidades portuguesas onde se têm verificado ultrapassagens aos valores limite de qualidade do ar ao longo de vários anos, como Lisboa, Porto e Braga", defendem.
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