A descoberta levanta novas interrogações, sobretudo às autoridades de saúde da América Latina que se desdobram em ações para conter a proliferação do Zika, aparentemente relacionado com o surto de bebés com microcefalia no Brasil e Colômbia.
De acordo com vários casos clínicos, o vírus pode também ser transmissível por via sexual.
Este homem de 68 anos, contaminado com o vírus em 2014 durante uma viagem à Oceania, apresentava febre e erupções quando regressou ao Reino Unido, onde foi diagnosticado com Zika.
Embora os sintomas do vírus sejam frequentemente leves e desapareçam no espaço de uma semana, o vírus foi encontrado em amostras de sémen colhidas 27 e 62 dias depois da infeção inicial, destaca um relatório dos serviços de saúde britânicos publicado pela revista dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças Infecciosas Emergentes.
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"Os nossos dados podem indicar a presença prolongada do vírus no sémen, o que por sua vez poderia indicar um potencial prolongado de transmissão sexual", lê-se no documento.
Numa reunião em Washington da Associação Americana para o Avanço da Ciência, o diretor do Instituto Americano de Alergias e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, disse que ainda há muito a descobrir sobre o Zika, sobretudo no que toca à possibilidade da sua transmissão por via sexual.
O Ébola, que é da mesma família do Zika, escreve a agência de notícias France Presse, pode permanecer no sémen durante nove meses segundo vários estudos epidemiológicos. Fauci diz ainda que novos estudos permitirão determinar quanto tempo devem os homens abster-se de ter sexo após o contágio por Zika.
A utilização do preservativo é uma das medidas preventivas defendidas pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Infecciosas Emergentes do Reino Unido e pela Direção-Geral de Saúde de Portugal como forma de proteger as mulheres grávidas.
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