Em 2020, nem a comunidade científica previu que este então chamado de novo coronavírus provocasse uma crise global sem precedentes e transformasse, para sempre, a vida de todos.

Os casos confirmados fora da China não demorariam a aumentar e seria um surto em duas regiões italianas a colocar a palavra “confinamento” no dicionário mundial a 23 de fevereiro de 2020, o mesmo dia em que se conhecia o caso de Adriano Maranhão, canalizador no navio Diamond Princess, atracado num porto japonês, e o primeiro português infetado com o novo coronavírus.

Cuidar uns dos outros significou dias de confinamento, teletrabalho e de escola em casa aos quais, uns e outros, tiveram de se adaptar. Em Portugal, já morreram mais de 19 mil pessoas desde o início da pandemia e foram contabilizadas perto de um milhão e setecentas mil infeções.

O SNS respondeu à crise de saúde pública, sem ter escapado a momentos de rutura, atenuados pela vacinação massiva.

Depois de, a 08 de dezembro de 2021, uma avó de 90 anos, no Reino Unido, ter sido a primeira pessoa no mundo a receber uma das vacinas contra a covid-19, atualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de metade da população mundial está vacinada.

No entanto, a solução não é, ainda, a ambicionada “bala de prata” contra a covid-19, e novas variantes obrigam a constantes ajustes das medidas de contenção.

A comercialização do medicamento Paxlovid, da Pfizer, destinado a casos leves e moderados, está, atualmente, a ser avaliada pela Agência Europeia do Medicamento. Segundo os especialistas, o sars-cov-2 está cada vez mais perto de deixar de ser uma pandemia e passar a ser endémico.

Até lá, máscaras, álcool gel, certificados digitais e auto-testes fazem parte de um mundo que jamais voltará a ser o que conhecemos antes de 2020.

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