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Cortes na saúde que originam falta de profissionais levaram à criação de movimento popular
7 de maio de 2013 - 12h22
O Movimento de Utentes da Saúde Pública (MUSP) de Évora manifestou-se hoje preocupado com a inoperacionalidade da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), acusando o Governo de fazer "cortes cegos" na saúde, pondo em "risco vidas humanas".
"O ministro da Saúde e o Governo cortam de forma cega na área da saúde", porque é necessário "contratar médicos e especialistas para assegurarem este serviço", o que "não está a ser feito", criticou a porta-voz do MUSP do distrito de Évora, Sílvia Santos.
A responsável falava à agência Lusa depois de a Ordem dos Médicos ter denunciado que a VMER de Évora está inoperacional em quase metade dos turnos, deixando o distrito "sem nenhum meio qualificado de emergência médica pré-hospitalar".
A unidade hospitalar confirmou, numa reação à Lusa, a inoperacionalidade da VMER, por falta de médicos, mas prometeu, sem avançar uma data precisa, regular a situação a curto prazo.
O hospital adianta que os médicos que se mostraram interessados em prestar serviço na VMER estão, desde finais do ano passado, a receber a devida formação.
Situação arrasta-se desde janeiro
Afirmando que a situação "não é nova", Sílvia Santos realçou que o MUSP do distrito de Évora manifestou preocupação com o funcionamento da VMER em janeiro, por, já na altura, existirem "turnos sem médicos".
"Esta situação comprova, mais uma vez, o que o MUSP tem vindo a alertar, que é a degradação em que estão a colocar o Serviço Nacional de Saúde, colocando em risco vidas humanas e em que podem estar a morrer pessoas no distrito por falta de assistência", alertou.
A porta-voz do MUSP do distrito de Évora assinalou que a VMER "consegue socorrer e travar a tempo" pessoas que estão em risco de vida, sendo, por isso, "uma mais-valia em termos de resposta de emergência para todo o distrito".
SAPO Saúde com Lusa
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