Um creme que promete ação rejuvenescedora é produzido em Tatuí (São Paulo, no Brasil) e tem vindo a ganhar mercado por usar um componente peculiar: o produto tem como base o veneno de abelha, explica o site de notícias da rede Globo, o G1.
Os criadores são a farmacêutica Marisa Protta e o seu marido, o apicultor Ciro Protta. Segundo ela, o produto, é o resultado de uma pesquisa de mais de 20 anos e também é usado como anti-inflamatório. "A Melitina, uma proteína encontrada no veneno da abelha, é uma substância com uma potente ação anti-inflamatória. O creme é recomendado para dores como artrite, artrose, tendinite, dores musculares. Como seu uso era terapêutico, na época, não conseguimos o registo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil)", diz a farmacêutica.
Como produziam o creme especificamente como acão medicinal, Marisa Protta explica que decidiu fechar a empresa farmacêutica e abrir uma empresa de cosméticos. "Ao longo da pesquisa, também descobrimos que o veneno da abelha estimula a irrigação sanguínea, aumentando a produção do colagénio endógeno, a substância responsável pela rigidez da pele, que o próprio organismo produz, mas que perdemos ao longo dos anos", revela.
Marisa Protta diz que o novo produto, usado e vendido como "botox natural" está no mercado há 100 dias, e que conta com bastantes clientes. "O que percebemos é que as pessoas compram e continuam consumindo o produto”, afirma.
Produção
Os insetos não são mortos no processo de extração. No apiário, são colocadas lâminas de vidro que retêm o veneno. EM seguida, as laminas são levadas para um laboratório e, com uma espátula, tudo o que ficou colado é solto e armazenado.
Cada porção de veneno é pesada numa balança e misturada com outros ingredientes à base de óleos e ceras. Após um descanso de 24 horas, a mistura é despejada numa máquina. Onde são separados 30 gramas em cada pote de creme, o equivalente ao veneno de 500 abelhas.
De acordo com a Protta, a mistura estimula a reação do organismo na produção do colagénio.
23 de julho de 2012
@SAPO
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