Os cientistas acreditam que esta proteção provém em particular de uma transferência de anticorpos contra a COVID-19 entre a mãe grávida e o bebé, através da placenta.
Os Centros para o Controlo e a Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos realizaram um estudo com bebés de até seis meses, hospitalizados entre julho de 2021 e janeiro de 2022.
O estudo demonstrou que vacinar as mães durante a gravidez para evitar que os bebés sejam hospitalizados após o parto é eficaz em mais de 61%.
A mãe do único bebé que morreu durante o estudo não estava vacinada. E 84% dos bebés hospitalizados com COVID-19 nasceram de mães não vacinadas.
O estudo não teve em consideração as mulheres que tinham sido vacinadas antes de engravidar. Só foram incluídas aquelas que receberam as duas doses ou a segunda dose das vacinas da Pfizer ou Moderna quando estavam grávidas.
"Em resumo, a vacinação materna é uma forma muito importante de ajudar a proteger estes bebés", concluiu a pesquisadora dos CDC, Dana Meaney-Delman, durante encontro com a imprensa.
Embora se espere que nas próximas semanas a Pfizer apresente os resultados dos testes clínicos para uma vacina aplicável a partir dos seis meses de idade, "não se contempla" uma para os menores de seis meses, acrescentou.
O estudo também mostrou que a proteção era maior em bebés cujas mães tinham sido vacinadas quando a gestação estava avançada. Isto parece ser coerente com o facto de que os níveis de anticorpos diminuem nos meses posteriores às injeções.
Mas Dana Meaney-Delman considera importante que a vacinação ocorra em qualquer etapa da gravidez para proteger a mãe em um possível caso grave da doença, caso se infecte, o que também seria perigoso para o feto.
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