As vacinas contra o coronavírus SARS-CoV-2 foram distribuídas a um ritmo “sem precedentes” no mundo, com quase todos os países a administrarem as primeiras doses em menos de 12 meses, salientou o Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas da OMS (SAGE, na sigla em inglês).
Apesar disso, cerca de 20 países, a maioria de África, mas também do Mediterrâneo Oriental, América, Pacífico Ocidental e Sudeste Asiático, ainda não ultrapassaram a marca de 10% da sua população vacinada, lamentou Kate O’Brien, chefe da vacinação da OMS, em conferência de imprensa.
“São países que estão a trabalhar arduamente para avançar com os seus programas” de imunização contra o SARS-CoV-2, salientou a especialista da OMS, ao assegurar que a organização, em conjunto com os seus parceiros, está a apoiar o desenvolvimento desses planos de vacinação.
“É aqui que o nosso trabalho está focado. Precisamos de garantir que são as populações de alto risco — a maioria em risco de doença grave ou morte, bem como os profissionais de saúde — que recebem as vacinas com prioridade”, adiantou Kate O´Brien.
Segundo dados da OMS hoje divulgados, a nível global, a cobertura vacinal dos grupos considerados prioritários é ainda “insuficiente”, uma vez que só abrange 65% dos profissionais de saúde e 69% das pessoas com 60 ou mais anos.
A organização com sede em Genebra adiantou ainda que o mecanismo internacional de acesso às vacinas contra a covid-19 (Covax) tem doses suficientes para imunizar até junho 70% da população das 92 economias de baixo e médio rendimento.
Em 2021, a OMS estabeleceu como objetivo vacinar 70% da população de cada país até meados de 2022.
O Covax, que visa garantir a igualdade global no acesso às vacinas, já entregou até agora mais de 1,4 mil milhões de doses em 145 países, número que fica abaixo dos inicialmente previstos de dois mil milhões de doses até final de 2021.
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