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31% dos participantes vacinados com produto apresentaram risco menor de infeção pelo HIV
30 de agosto de 2013 - 11h22
Uma vacina experimental contra o vírus da Sida, produzida na Tailândia, passará por um teste de fase 2 em 2014, depois de ser a primeira a fornecer, em 2009, informações importantes sobre as respostas do sistema imunitário.
O novo teste será realizado no contexto de um programa de investigações realizado pelo Exército americano, em conjunto com o Ministério da Saúde da Tailândia.
"Depois de 30 anos da epidemia, estamos mais perto do que nunca de chegarmos a uma vacina", afirmou Mitchell Warren, da fundação americana AVAC Global pra a prevenção do HIV, durante um fórum em Banguecoque, dedicado aos avanços contra a doença.
O fracasso do último teste clínico de outra vacina experimental desenvolvida nos Estados Unidos, a HVTN 505, foi considerado um retrocesso para a ciência, uma vez que ainda não existe qualquer vacina contra a infeção responsável pela morte de 28 milhões de pessoas.
Segundo o primeiro teste clínico de 2009, 31% dos participantes vacinados na Tailândia com este produto denominado RV144 apresentaram um risco claramente menor de infeção pelo HIV do que o grupo tratado com placebo.
Os cientistas examinaram amostras de sangue dos participantes vacinados com RV144 para analisar as suas respostas imunitário e descobriram que diferentes tipos de respostas de anticorpos estavam ligados ao nível de infeção pelo HIV.
Os resultados deste primeiro teste clínico da vacina, no qual participaram mais de 16.000 adultos, foram publicados em outubro de 2009 no jornal New England Journal of Medicine.
A principal descoberta consistiu no fato de que os anticorpos específicos de uma região particular do invólucro do vírus HIV, denominado V1V2, estão ligados a taxas de infeção mais fracas entre os vacinados.
Os anticorpos são proteínas produzidas pelo organismo para defender o corpo de agentes infeciosos, como vírus e bactérias. Segundo a hipótese destes virologistas, os anticorpos ligam-se à zona V1V2 do invólucro do vírus que causa a infeção, bloqueando a sua replicação.
Nuno de Noronha com AFP
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