No dia em que os utentes realizaram uma ação revindicativa junto às atuais instalações, na avenida Fernão de Magalhães, o porta-voz da comissão, Gonçalo Almeida, disse à agência Lusa que “a alocação de profissionais no Centro de Saúde e suas extensões é igualmente urgente”.

Por outro lado, importa garantir “a manutenção de todas as extensões de saúde, enquanto serviços de proximidade” do Centro de Saúde da Baixa de Coimbra, que serve mais de 26 mil utentes.

Entretanto, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro informou que o Centro de Saúde Fernão de Magalhães “vai ser reinstalado num novo edifício”.

“O concurso para a sua construção terminou, estando a decorrer, nesta altura, o prazo de análise das propostas apresentadas por seis empresas. Cumpridos os trâmites legais, prevê-se o início da obra ainda no primeiro semestre de 2020”, segundo uma nota da ARS, presidida por Rosa Reis Marques.

Gonçalo Almeida recordou que já houve antes dois concursos para a construção do novo edifício, “que ficaram desertos”.

“Agrada-nos que a situação avance o mais rapidamente possível, mas até lá o Centro de Saúde não tem condições para funcionar. Até chove lá dentro”, acrescentou.

A ARS reconhece que “as atuais condições físicas do Centro de Saúde são deficitárias” e recorda que, em 2017, “realizou obras de reabilitação” do imóvel, que é arrendado, tendo gasto 120 mil euros para “melhorar as condições de atendimento dos utentes e minimizar as dificuldades porque passam os profissionais”.

Segundo a nota de esclarecimento, essa reabilitação “visou, fundamentalmente, a instalação da Unidade de Saúde Familiar (USF) Coimbra Centro” e abrangeu pavimentos, paredes, remodelação dos sistemas de águas e esgotos, e substituição do equipamento de climatização.

“O Centro de Saúde Fernão de Magalhães tem 26.536 utentes, todos com médico de família atribuído, e não tem falta de profissionais. Funciona com 18 médicos, 15 enfermeiros e 14 secretários clínicos, estando, nesta altura, a aguardar a colocação de três enfermeiros, dois dos quais aguardam mobilidade e um que será colocado a 01 de janeiro de 2020”, no âmbito de um concurso para o efeito, informa ainda.