O reitor da Universidade de Coimbra anunciou na quinta-feira que a instituição vai divulgar um novo medicamento, que desenvolveu, e que representará “grandes ganhos para o país e para o Serviço Nacional de Saúde”.

Ao discursar na cerimónia da tomada de posse do novo presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), João Gabriel Silva disse tratar-se do primeiro medicamento de uma universidade portuguesa, escusando-se a avançar pormenores.

O reitor da universidade respondia assim ao novo líder académico, Ricardo Morgado, que realçara as singularidades da instituição e o reconhecimento da universidade coimbrã como a melhor da Europa em desporto universitário, para além dos galardões internacionais arrebatados pelo Instituto Pedro Nunes, dedicado à transferência de ciência para as empresas.

“A Universidade de Coimbra é líder em muitas coisas”, sublinhara João Gabriel Silva, frisando que na área científica isso era patente no medicamento, o primeiro de uma instituição de ensino superior portuguesa.

A Universidade de Coimbra e a empresa farmacêutica Bluepharma têm trabalhado desde 2006 em torno de um medicamento para aplicação na terapia fotodinâmica do cancro.

Em dezembro de 2010, as instituições celebraram um novo acordo com uma empresa nascida na Universidade para licenciamento de tecnologia e financiamento, com vista a avançar com o seu desenvolvimento.

Os novos compostos, a que lhe atribuíam uma eficácia 100 vezes superior aos fármacos atuais, fora desenvolvida durante vários anos por uma equipa do departamento de Química da Universidade de Coimbra, liderada pelo investigador Luís Arnaut, e já tinha a sua eficácia comprovada em animais.

Essa patente arrebatou em 2011 dois prémios INVENTA - Prémio Caixa | INPI, instituídos pela Caixa Geral de Depósitos. Venceu a categoria “Novos Desafios na Saúde”, arrecadando o Prémio INVENTA.san no valor de 15 mil euros, e foi ainda a vencedora absoluta entre os 15 projetos finalistas, arrecadando mais 25 mil euros.

27 de janeiro de 2012

@Lusa