O projeto, designado Seebug, “tem como objetivo desenvolver e aplicar sensores de largo espetro e específicos, capazes de detetar precocemente a contaminação de bivalves por bactérias patogénicas, mediante os limites legalmente impostos”, explica uma nota de imprensa da Universidade.
“Pretende-se que esta venha a ser uma ferramenta para todos os agentes da fileira da pesca e produção de bivalves”, pelo que, além disso, será desenvolvida uma aplicação para telemóvel com base em algoritmos de inteligência artificial.
Espera-se, com os sensores, gerar uma tecnologia de baixo custo, “de fácil aplicação e ambientalmente sustentável, que possa ser utilizada pelos operadores da fileira da pesca de bivalves, desde os pescadores aos vendedores finais”, acrescenta.
“Esta ferramenta não pretende substituir as atuais análises regulamentadas para avaliação do estado de contaminação dos bivalves, mas sim um complemento para minimizar prejuízos mais significativos a jusante”, esclarece a nota de imprensa.
Segundo Catarina Marques, que idealizou o projeto, atualmente, os métodos de rastreio microbiológico regulamentados e aplicados, ainda que sensíveis e fidedignos, fornecem resultados dois a três dias após a colheita dos bivalves, tempo suficiente para infligir danos significativos do ponto de vista económico, social, ambiental e da saúde pública”.
“Tendo em conta que os bivalves são muitas vezes consumidos vivos, a necessidade de aplicar sistemas de controlo que garantam a segurança alimentar e previnam impactos negativos na saúde dos consumidores é de extrema relevância”, considera a investigadora.
O projeto Seebug decorre no contexto de uma parceria entre investigadores do CESAM e do Instituto de Engenharia Eletrónica e Informática de Aveiro (IEETA) da UA, e do Instituto Superior Técnico, juntamente com o apoio da Associação de Pesca Artesanal da Região de Aveiro (APARA), da DOCAPESCA – Portos e Lotas, S.A.
O Seebug conta com um financiamento de mais de 487 mil euros do Programa Operacional MAR 2020, com apoios nacionais e do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP).
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