Um tribunal italiano reconheceu pela primeira vez a relação entre o uso excessivo do telemóvel e um caso de cancro cerebral cerebral ao dar um veredicto a favor de um ex-executivo que diz ter desenvolvido um tumor no nervo auditivo devido ao uso do aparelho.

É a primeira sentença do tipo alguma vez conhecida no história da justiça em todo o mundo.

Segundo a defesa, Roberto Romeo, de 57 anos, usava o telemóvel entre três a quatro horas por dia no trabalho quando em 2010 foi diagnosticado com um tumor no canal auditivo interno.

A doença obrigou à retirada de um nervo que provocou a perda de 23% da audição em Roberto Romeo. "Eu não tinha alternativa e tinha de estar sempre ao telefone", disse Roberto Romeo em tribunal.

O tribunal de Ivrea, no norte da Itália, concluiu que o neurinoma do acústico foi provocado pelo uso do telemóvele, desta maneira, julgou procedente a ação e condenou a agência nacional italiana de seguro a pagar 500 euros por mês de indemnização ao ex-executivo.

Em 2011, a Agência de Investigação Internacional sobre Cancro classificou o telemóvel com possivelmente cancerígeno, mas salvaguardou que são necessário mais estudos para comprovar realmente esse perigo.

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