
A tribo Grande Andamaneses, que vive na pequena Strait Island no arquipélago das Ilhas Andamão, possui apenas cerca de cinquenta membros e depende completamente do governo indiano para subsistir.
O arquipélago, que separa o Golfo de Bengala do mar de Burma, conta com uma população de aproximadamente 400.000 habitantes. Oficialmente, foram registados 2.268 casos de contágio e 37 mortes por COVID-19.
O vírus já atingiu drasticamente tribos no Brasil e Peru, incluindo algumas tribos isoladas da Amazónia.
De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, 26.000 indígenas foram infetados e 690 morreram devido à pandemia de coronavírus.
A Índia é o terceiro país mais afetado do mundo, atrás dos Estados Unidos e Brasil, com mais de três milhões de casos da doença e cerca de 60.000 mortes vítimas da COVID-19.
As autoridades indianas enviaram no domingo uma equipa médica a de para avaliar a situação, depois que seis membros da tribo darem positivo em Port Blair, capital do arquipélago.
Alguns membros da tribo costumam viajar para Port Blair, onde trabalham na administração pública.
"A equipa analisou 37 amostras e quatro membros da tribo deram positivo para a COVID-19. "Foram hospitalizados", disse à AFP Avijit Ray, um funcionário indiano.
Estima-se que cerca de 5.000 representantes desta etnia viviam lá quando os colonos britânicos chegaram no final do século XIX.
Centenas morreram defendendo o seu território e outros milhares sucumbiram a doenças importadas, como a gripe e o sarampo, segundo a Survival International, uma ONG para a defesa dos povos indígenas, com sede em Londres.
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