Os resultados corroboram estudos anteriores, segundo os quais o traumatismo pode provocar alterações fisiológicas duradouras invisíveis aos meios complementares de diagnóstico.
Tratam-se de alterações nas doses de serotonina, uma hormona do sistema nervoso central que desempenha um papel-chave na depressão.
"Devido ao desaparecimento rápido dos sintomas depois do traumatismo (vertigem, dor de cabeça, entre outros), os médicos tendem a subestimar os seus efeitos nefastos e a sua importância no histórico médico do paciente", assinala o investigador Donald Redelmeier, do Instituto de Análises Científicas Clínicas de Toronto, Canadá, principal autor do estudo.
"Podem ser salvas várias vidas", caso se dê mais atenção aos efeitos duradouros de uma comoção cerebral, acrescentou.
Neste estudo, os investigadores examinaram o histórico médico de 235.110 doentes, com idade média de 41 anos, que sofreram de um ou mais traumatismos cranianos.
Durante um período de acompanhamento de 9,3 anos foram registados 667 suicídios, por overdose de soníferos ou enforcamento.
A maioria das pessoas nunca chegou a ser tratada por doença psiquiátrica.
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