O estudo desvendou ainda que, entre os adolescentes afetados pelo suor excessivo, 75% indicam sentirem-se diariamente incomodados por esta doença.

A hiperidrose é uma patologia que atinge cerca de 5% da população mundial. No caso dos mais jovens, os primeiros sintomas surgem aproximadamente aos 11 anos, ainda que 25% das crianças apresentam manifestações desta doença entre os dois e os 10 anos.

Segundo João Lima Gabriel, médico na Clínica Liberty, "a hiperidrose é uma doença cuja repercussão na saúde mental pode chegar a ser incapacitante, mas que também, uma vez tratada, pode melhorar drasticamente a qualidade de vida dos pacientes"

"Quando a hiperidrose é diagnosticada em fase precoce, a vida do paciente pode mudar literalmente", acrescenta.

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Com o regresso às aulas, é importante avaliar o impacto psicológico e social que a hiperidrose, assume no quotidiano dos jovens portugueses, alerta o médico. Suar em excesso pode representar uma situação de tensão e stress, chegando a impedir o progresso na aprendizagem. Segundo dados empíricos, quem sofre de hiperidrose tem habitualmente mais dificuldade em estabelecer relacionamentos sociais, ao evitar contactos mais próximos com os outros.

Fase da adolescência crucial

"Os resultados do estudo demonstram a necessidade de diagnosticar corretamente e tratar a hiperidrose em crianças e adolescentes. As idades formativas são muito importantes no desenvolvimento da autoconsciência da criança e do adolescente e devem ser acompanhadas com uma correta avaliação das condições de saúde ao nível físico e psicológico", frisa o especialista.

"Milhares de estudantes em todo o mundo lutam contra o suor, que diariamente afeta a sua autoestima, promovendo comportamentos de isolamento social. Algo que não faz sentido já que se trata de uma patologia que, quando identificada, facilmente se pode solucionar com o tratamento adequado", conclui João Lima Gabriel.